Empresas de cerâmica industrial criam grupo para promover a “A Nossa Telha”

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Gazeta das Caldas
O sub-sector da cerâmica industrial quer um regresso às origens com telha bem portuguesa nos telhados do país

Seis grandes empresas que produzem telha cerâmica uniram-se num grande grupo para realçar este produto milenar que faz parte da identidade nacional. O objectivo é disseminar os benefícios da utilização da telha cerâmica na construção de coberturas e fachadas, levando a um aumento do volume de negócios.

O grupo “A Nossa Telha” foi criado em 2017 e é composto por seis grandes empresas que se uniram para tentar fazer crescer o interesse e a procura pela telha cerâmica. Surge de uma parceria com a APICER (Associação Portuguesa das Indústria Cerâmica e de Cristalaria), sendo composto pela Cerâmica Torreense (Outeiro da Cabeça), Cobert (também no Outeiro da Cabeça), Sotelha (Oliveira do Bairro), Umbelino Monteiro (Pombal), Coelho da Silva (Leiria) e Onduline (Vila Nova de Gaia).
A Cerâmica Torreense foi fundada em 1928 no Outeiro do Cabeça (Torres Vedras). Tem actualmente cinco unidades produtivas que transformam cerca de 400 mil toneladas de argila por ano.
Tem como vizinho, também naquela localidade do concelho de Torres Vedras (mas perto do Bombarral), uma das sete fábricas da Cobert, um grupo espanhol criado em Toledo nos anos 70 do século passado. A Sotelha, de Bustos (Oliveira do Bairro), que também foi criada nos anos 70, foi a primeira fábrica automatizada desde tipo na Península Ibérica.
A Umbelino Monteiro nasceu em 1959 em Meirinhas (Pombal) e em 2007 integrou a multinacional Etex Group que está em 44 países, tendo sido fundada por um grupo belga.
Por sua vez, a Coelho da Silva, a mais antiga das seis, foi fundada em 1927 no Juncal (Leiria) e produz actualmente 57 milhões de peças (entre telhas e acessórios) por ano. Por fim, A Nossa Telha fica completa com o grupo francês Onduline que tem dez fábricas e 35 empresas que fornecem 90 países e que tem uma filial em Canelas (Vila Nova de Gaia).
O grupo refere em comunicado que “é necessário mudar o paradigma do que é convencionalmente associado à telha nacional” e que “a telha produzida em Portugal vai muito além da tradição e da herança que lhe é intrínseca”, sendo “considerada a opção mais durável, segura e autêntica capaz de corresponder às atuais exigências e parâmetros de qualidade”.