Faturação das 250 maiores empresas do Oeste cresceu 6,1%

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As 250 maiores empresas do Oeste geraram mais receita, mas menos lucro | DR

Estudo das maiores empresas da região apresenta melhorias ao nível de praticamente todos os índices, exceto nos lucros

As 250 maiores empresas do Oeste apresentaram no exercício de 2019 um volume de negócios de 4,72 mil milhões de euros, mais 270 milhões de euros do que o grupo que compunha o ranking do ano passado, o primeiro em que a Gazeta das Caldas publicou este estudo. A listagem deste ano é publicada numa revista que será distribuída gratuitamente com a edição da próxima semana, 10 de dezembro.
A lista deste ano vale, assim, mais 6,1% em volume de negócios face aos 4,45 mil milhões de euros do grupo de empresas do estudo do ano passado. Esse grupo de empresas já tinha conseguido um crescimento de 8,4% em relação ao exercício de 2017.
As cinco primeiras empresas apresentaram uma faturação acima dos 100 milhões de euros, 13 empresas faturaram entre os 50 e aos 100 milhões de euros e 119 registaram volume de negócios entre os 10 e os 50 milhões de euros.

Praticamente metade das empresas da lista têm mais de 25 anos e representam 54,2% da faturação

Apesar de ter crescido em faturação, o grupo das 250 maiores empresas do Oeste registou uma quebra de 9,6% no que respeita a resultados líquidos. No total, as 250 empresas registaram lucros de 151,1 milhões de euros em 2019, face aos 167,7 milhões das empresas do estudo do ano passado. A esmagadora maioria das empresas do ranking apresentou, no ano passado, resultados positivos, sendo que 47 delas registaram ganhos superiores a 1 milhão de euros. Apenas 21 empresas registaram prejuízos, três delas acima de 1 milhão de euros.
Ao nível do emprego, as 250 maiores empresas do Oeste garantem 24.914 postos de trabalho. São quase mais mil postos de trabalho do que as empresas que compuseram o grupo de 2018, uma variação de 4%. São 65 as empresas com 100 ou mais colaboradores, mas estas são suficientes para que a média por empresa se situe muito próxima da centena de postos de trabalho por empresa.

Os 12 concelhos do Oeste estão representados neste top empresarial

Também ao nível das exportações o grupo de empresas que constituem o estudo deste ano da Gazeta das Caldas cresceu em relação ao do ano passado, com o volume de vendas além-fronteiras a ultrapassar mesmo a fasquia dos mil milhões de euros, 1.029,7 milhões, mais precisamente. Este é mesmo o índice que apresenta uma valorização mais elevada em comparação com o ranking de 2019, 9,6% face aos 939,7 milhões de euros. A maioria das empresas (66%), apresentam comércio internacional, 98 das quais acima de 1 milhão de euros. Há quatro empresas que exportam a totalidade da sua produção e mais 15 que exportam acima de 90% do seu volume de negócios. Em conjunto, o grupo exporta 21,8% do volume total de negócios, face aos 21,1% do ano passado.
Por setores de atividade, há dois líderes neste estudo. Em número de empresas no ranking, o comércio por grosso e a retalho é o mais representado, com 107 empresas (42,8%) das empresas, seguido da indústria, que tem 71 empresas (28,5%). No entanto, em volume de negócios as posições invertem-se, com a indústria a representar 1,74 mil milhões de euros (36,8%), mais 24 milhões de euros do que o comércio por grosso e a retalho (36,3%). Agricultura (19), transporte e armazenagem (18), comércio, reparação e manutenção de automóveis (14) são os setores que se seguem em número de empresas.
A antiguidade é um posto nas 250 Maiores empresas do Oeste. Vinte das empresas da lista têm mais de 50 anos e mais 103 já atingiram a marca do quarto de século. Estas 123 empresas geraram, entre si, 2,56 mil milhões de euros de receita, 54,2% do total.
Na estratificação geográfica, os 12 municípios do Oeste estão representados neste ranking. Torres Vedras é o mais representado (71) e o único cujo conjunto de empresas ultrapassa dos mil milhões de euros. Alcobaça (39) e Alenquer (37) completam o pódio, seguidos de Caldas da Rainha (30), Lourinhã (17), Arruda dos Vinhos (16) e Cadaval (11). Óbidos, Bombarral, Peniche, Nazaré e Sobral de Monte Agraço apresentam menos de 10 empresas cada, os dois últimos com quatro empresas.