O Grupo Fábrica, sedeado nas Caldas da Rainha, é o novo concessionário oficial da Konica Minolta na região Oeste, numa área compreendida entre os concelhos do Cadaval (a sul) e Alcobaça (a norte).
Líder de mercado ao nível de sistemas multifuncionais de impressão, a Konica Minolta Portugal conta com delegações em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, para além de uma rede de 30 concessionários em todo o país. Com 13 mil clientes, atingiu os 20 milhões de euros de facturação no ano passado.
A parceria entre esta empresa e o Grupo Fábrica surgiu depois dos responsáveis do grupo caldense terem querido adquirir uma máquina de qualidade para a sua Gráfica e se terem apercebido que a marca que mais lhes interessava não tinha representação nesta zona.
“A Konica Minolta foi a marca escolhida para o desenvolvimento do nosso projecto de gráfica pela excelente qualidade dos seus equipamentos. Durante a nossa pesquisa no mercado verificámos que a Konica Minolta não estava representada na zona Oeste”, contou Nuno Magalhães, sócio-gerente do Grupo Fábrica.
Foi nessa altura que decidiram contactar a multinacional e propor uma parceria estratégica, numa perspectiva também de poder oferecer aos seus clientes mais uma valência. “Nós queremos ter um conjunto de serviços que satisfaça os clientes em diferentes áreas”, explicou Nuno Magalhães. “Temos uma oferta vertical de serviços que não é normal encontrar-se no mercado e a Konica Minolta vem reforçar essa oferta”, adiantou.
Vasco Falcão, director-geral da Konica Minolta em Portugal, acha que o facto do grupo caldense ter começado por ser cliente e depois ter considerado que poderia haver nessa ligação uma oportunidade de negócio, representa aquilo que deveria haver mais no tecido empresarial nacional. “Numa altura de crise, viram onde podiam ter uma oportunidade”, afirmou.
“Devido à tradição japonesa desta empresa, nós vemos as relações como uma espécie de casamento. Não é algo que se faz de ânimo leve, mas sim porque fazem sentido”, salientou Vasco Falcão.
Segundo Luís Dinis, director do canal indirecto da Konica Minolta em Portugal (responsável pelos concessionários), “esta é talvez a rede nacional com mais anos no país”, tendo em conta a experiência da anterior empresa, Minolta Portugal, com clientes há mais de 30 anos. O canal indirecto representa 30% da facturação total da empresa em Portugal.
Reduzir custos na impressão e cópia
Numa altura em que se fala muito em reduzir custos e aumento da produtividade, “os nossos equipamentos e soluções são uma combinação perfeita para quem quer fazê-lo ao nível das impressões e cópias”, referiu Vasco Falcão. O responsável salientou que o preço do líquido de toner é mais caro do que o seu peso em ouro.
“Muitas vezes é um custo escondido, que as empresas não identificam. Compram impressoras ou fotocopiadoras baratas, mas depois gastam uma fortuna em toners e nem sabem quanto gastam”, reforça Nuno Magalhães.
Pequenas poupanças em cada folha de papel impresso, copiado ou enviado por fax, pode levar à economia de várias centenas de euros por mês.
Embora tenha instalações no número 13 da rua Perth Amboy (Cidade Nova), o concessionário proporciona também a visita de um consultor às empresas interessadas para que seja feita uma análise detalhada do parque de copiadoras e custos agregados, de forma a se encontrarem as soluções mais económicas e de maior qualidade.
“Nós já começámos há dois meses nesta área de negócio e já temos clientes muito satisfeitos com as poupanças que conseguiram”, referiu Nuno Magalhães.
Segundo Vasco Falcão, os clientes podem conseguir poupanças de 25% ao ano, nos custos alocados a este equipamento, consumíveis e assistência.
Vítor Jardim, comercial da empresa caldense, contou que está a negociar um contrato com umas piscinas num concelho limítrofe onde a redução de custos será de 75%.
José Tavares, director comercial do Grupo Fábrica, deu outro exemplo. A partir de certas quantidades fica mais barato comprar envelopes timbrados numa Gráfica do que comprar em pacotes de 25 em branco numa qualquer loja.
O director-geral da Konica Minolta Portugal salientou ainda que devido à tecnologia utilizada, os equipamentos desta marcam consomem menos energia eléctrica.
A desesperar pelo Parque Tecnológico das Caldas
Constituído por sete empresas, a primeira das quais fundada em 1997, o Grupo Fábrica, que tem como sócios Nuno Magalhães e Carlos Vilares, conta actualmente com uma equipa de 35 colaboradores.
Com sede e instalações na rua Perth Amboy (Cidade Nova), o grupo é constituído pela Fábrica dos Números (contabilidade, seguros, créditos e departamento jurídico), Fábrica da Informática (serviços informáticos e consultoria), Fábrica das Telecomunicações (serviços em telecomunicações e assistência técnica), Fábrica da Gráfica (produção gráfica e brindes publicitários), Fábrica das Ideias (Design e Comunicação e Consultoria de Imagem), Fábrica dos Condomínios (gestão de condomínios e administração de propriedades) e Fábrica dos Serviços (manutenção e serviços técnicos).
“As nossas empresas funcionam em conjunto com o objectivo de oferecer uma ampla gama integrada de soluções ao cliente, em várias áreas de actividade. É um projecto empresarial para quem procura a rentabilização duma relação preço/custo”, explicou Nuno Magalhães.
O principal projecto que o grupo tem em mãos é a construção da sua sede no futuro Parque Empresarial de Base Tecnológica, cujo projecto prevê capacidade para 75 funcionários.
Nuno Magalhães lamentou os atrasos sucessivos na criação deste Parque Tecnológico. “As coisas não têm acontecido com a velocidade que gostaríamos”, comentou.
A Câmara das Caldas abriu concurso em Dezembro de 2008 e nesse mesmo mês foi atribuído ao Grupo Fábrica um dos lotes de terrenos disponíveis, junto ao Cencal. “A primeira promessa foi a de que poderíamos começar a construir em Julho de 2009”.
Embora as obras para a criação das infra-estruturas básicas já tenham começado, Nuno Magalhães apontou o facto de estas estarem a decorrer a um ritmo muito lento. “Estão lá máquinas durante três semanas e depois passam dois meses sem estarem lá máquinas”, disse.
Segundo o sócio-gerente, por causa deste atraso está em causa o crescimento do grupo caldense. “Temos a noção de que se estivéssemos mais espaços estaríamos a crescer mais depressa”, afirmou.
No entanto, Nuno Magalhães não se arrepende de não ter construído a sua sede no Parque Tecnológico de Óbidos (para onde foram convidados a instalarem-se) porque prefere ficar nas Caldas da Rainha. “Mas a verdade é que já lá estaríamos se tivéssemos ido para Óbidos”, concluiu.