Investimento de 650 mil euros permite juntar as várias empresas e criar uma nova dinâmica no grupo que emprega já cerca de 90 pessoas
O Grupo Fábrica inaugurou no final da tarde de sexta-feira as suas novas instalações. O projeto, que resulta de um investimento de 650 mil euros, nasceu há 15 anos, com o Parque Tecnológico das Caldas. O novo espaço do grupo, que tem três pisos e um total de 900 metros quadrados (300 por piso) permite reunir as cinco áreas a que se dedicam, criando assim uma nova dinâmica. Contabilidade e seguros no primeiro andar, Informática, Gestão de obras e Gestão de Condomínios no rés-do-chão.
Além da gestão eficiente, uma das grandes preocupações foi “criar melhores condições de trabalho”, até porque “os recursos mais valiosos são as pessoas, não é este edifício novo”, frisa. Nesse sentido procuram organizar eventos que proporcionem convívio e o fortalecimento do espírito de grupo. “Queremos ter mais formação”, disse o empresário à Gazeta das Caldas.
No total o grupo, que tem escritórios em Lisboa, Porto e São Martinho do Porto, emprega 90 pessoas e “neste momento temos 90% dos postos de trabalho ocupados”, referiu Nuno Magalhães.
Esta obra teve algumas particularidades. Se, por um lado, depois de 13 anos de espera, quando a obra arranca há guerra e inflação, por outro lado, dado que o grupo tem empresas que trabalham em diferentes áreas, conseguiram envolver os profissionais na obra e controlar custos. O projeto é da autoria do gabinete Projectar, da sua esposa, Sandra Oliveira, e do sogro, José Oliveira, e foi o empresário que se encarregou da gestão de obra. “Foi uma grande aprendizagem para todos”, afirma, salientando que o projeto criou um grande envolvimento dentro da empresa.
Reconhecendo que esta nova casa irá permitir ao grupo entrar numa nova vida, também não deixa de frisar que, “se hoje o Grupo Fábrica já têm uma dinâmica e uma carteira de clientes e continua a crescer, há 15 anos atrás teria sido muito mais importante, porque estávamos numa fase de necessidade, de penetração no mercado e de procura constante de novos clientes, teria um impacto mais significativo e teríamos uma evolução mais rápida“, conta, explicando que arrendaram espaços até à construção.
Além da mudança física, foi feita uma mudança de imagem, com novo logótipo aplicado a cada departamento do grupo que nasceu de uma sociedade de quatro amigos. “O Carlos Vilares licenciou-se em Economia e estava a trabalhar em Lisboa, um fim de semana em que veio cá às Caldas tivemos um jantar de amigos e ele desafiou-nos para um projeto”, recorda. Eram quatro, mas um faleceu pouco tempo depois e outro foi trabalhar para Lisboa. Ficaram Carlos e Nuno, um em Lisboa, outro nas Caldas. Começaram com Contabilidade, num pequeno apartamento. Entretanto, nos anos 90, abriram uma loja de telemóveis. Em 2001 mudaram-se para a Cidade Nova, onde permaneceram até esta mudança. A criação das várias empresas foi ao encontro “da filosofia que tivemos sempre de dar algo mais aos clientes da contabilidade, de dar-lhes suporte noutras áreas e sermos um parceiro no desenvolvimento dos negócios dos nossos clientes”.
A contabilidade foi o início de tudo e continua a ser o grande foco da empresa (empregando cerca de 60 pessoas). A maior parte dos clientes deste departamento são da zona da grande Lisboa (cerca de 80%). Já na área da Gestão de Condomínios, a maior parte localiza-se nas Caldas, Foz do Arelho e São Martinho do Porto (daí o escritório nesta localidade), ainda que o grupo esteja também a entrar no mercado da capital. “A escala é diferente, aqui temos prédios com oito frações, por exemplo, em Lisboa recebemos agora um com 300”, conta.
A falta de estacionamento no novo parque tecnológico foi um problema identificado ainda antes da mudança, mas que agora se sente. “Já estamos a ocupar talvez 70 ou 80% dos lugares”, conta.
O problema já levou a autarquia a abdicar de um dos lotes projetados para esse fim, divulgou Joaquim Beato, vice-presidente da autarquia caldense, durante a inauguração. “Compete-nos resolver um problema”, referiu, esclarecendo que “há dois lotes que terão alteração do uso, para termos uma esplanada” e estacionamento. “Vai ser criada aqui uma praça em frente”, contou o autarca. ■

