Unidade de três estrelas é a segunda da marca em Portugal e representa um investimento de 5 milhões de euros. Com design contemporâneo, associa conforto a espaços para lazer, trabalho e negócios
Depois de meses de espera, o Hotel Campanile abriu as suas portas ao início da tarde de segunda-feira (5 de abril) com três quartos reservados. A nova unidade hoteleira situada na entrada sul da cidade das Caldas, integra o grupo português FlagWorld (que por sua vez integra o quinto maior grupo hoteleiro do mundo) e traduz-se num investimento de 5 milhões de euros.
A marca, que tem por lema “receber o cliente em nossa casa” disponibiliza, junto à receção, uma zona de estar que convida à partilha de momentos entre os clientes, explica Maria José Santos, diretora regional da zona sul da FlagWorld, dando conta da televisão de grandes dimensões que permite, por exemplo, acompanhar um jogo de futebol, a ligação à internet e os vários espaços de trabalho. Numa parede é possível apreciar as peças de cerâmica da Secla, mas também várias figuras de movimento e outras obras, emprestadas pela Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro. Do outro lado do piso térreo encontra-se a sala de pequeno almoço e a zona do bar, que terá disponível tapas, paellas ou tábuas de queijo, a qualquer altura do dia.

O hotel possui 82 quartos, um deles adaptado a pessoas com mobilidade reduzida, distribuídos por quatro pisos.
Cada quarto tem a numeração colocada sensivelmente a meio da porta, para o cliente de mobilidade reduzida poder ter acesso, e a informação está também disponível em braille. Conta ainda com receção, zona de estar, bar, restaurante e serviço wi-fi.
A limpeza do espaço é assegurada por uma empresa caldense e o hotel, nesta primeira fase, conta com um total de seis colaboradores.
Este é o segundo hotel da marca Campanile a abrir em Portugal, depois do de Setúbal, aberto há 25 anos. Atualmente o grupo possui grande parte das unidades na zona Norte do país e pretendiam alargar a presença a sul, refere Maria José Santos, que considera que as Caldas tem um potencial grande a nível turístico, que ainda não foi suficientemente explorado.
A responsável da FlagWorld revelou, ainda, que o cliente tem-se tornado cada vez mais exigente, pelo que o hotel teria de ter uma qualidade superior dentro do segmento em que se insere.
O design contemporâneo, que pretende associar o conforto a espaços comuns para lazer, trabalho, negócios e com grande acessibilidade tecnológica e digital, é muito a pensar na geração“millenium” e também no nicho empresarial, salientou.
No primeiro dia de funcionamento, o hotel foi visitado pelo vereador com o pelouro do Turismo, Hugo Oliveira, que manifestou a intenção da autarquia em reunir com os vários parceiros, entre eles o Campanile, para projetar o futuro do turismo tendo em conta a pandemia. O autarca lembrou que a cidade estava a ter um crescimento em termos de procura de alojamento e quer continuar a garantir essa oferta, integrando com a organização de eventos, oferta cultural e dinamização de rotas.
“Vamos ter algumas novidades, que estamos a trabalhar com a ACCCRO, de incentivo a que as pessoas venham às Caldas e pernoitem na cidade”, explicou o autarca, acrescentando que o novo hotel é uma peça estratégica nesse sentido.

Gaspar Ferreira, presidente do Grupo Ferreira, que construiu o complexo comercial que inclui o hotel, o supermercado, o memorial da Secla e o futuro restaurante, destacou o potencial das Caldas e o apoio da autarquia em todo o processo.
“É natural que novos investimentos venham a ser feitos nas Caldas da Rainha”, disse o responsável, destacando que “é importante que o investidor não seja visto como um inimigo, mas como um parceiro”.
O Grupo Ferreira investiu neste complexo perto de 12 milhões de euros. Está atualmente também a investir no Porto e no Algarve. “É preciso haver resiliência e acreditar que Portugal tem muito para dar, é nesse sentido que estamos a investir”, concretizou.
Com esta nova unidade, Caldas fica com seis unidades hoteleiras de três estrelas e uma de quatro estrelas. Está ainda prevista a construção de um hotel de cinco estrelas nos Pavilhões do Parque. ■