Imobiliário regrediu em 2023, mas a região foi das menos afetadas

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O mercado imobiliário continua forte na região

Aquisições realizadas por estrangeiros continuaram a crescer

O mercado imobiliário caiu de um modo geral no ano passado, mas na região do Oeste e Vale do Tejo surgem algumas notas de destaque, nomeadamente um aumento de quota regional e um aumento significativo da aquisição de imóveis por parte de estrangeiros.
De acordo com os dados divulgados pelo INE no dia 22 de março, foram transacionadas 12.734 habitações na nova NUT 2 do Oeste e Vale do Tejo, que para efeitos estatísticos já começou a ser utilizada por aquele organismo. O número de imóveis transacionados na região sofreu uma queda de 17,4% em relação a 2022, uma das menos significativas no panorama nacional.
Em termos de valor, o montante das habitações transacionadas atingiu os 1,75 mil milhões de euros, menos 10,5% do que em 2022. No entanto, tanto no número de imóveis transacionados, como no valor das transações, o Oeste e Vale do Tejo registou um aumento de quota de 0,1 pontos percentuais. Os 1,75 mil milhões de euros representam 6,2% do total a nível nacional, indicador que revela resiliência do mercado da região no contexto económico atual.
É, ainda, de registar o aumento significativo do valor médio por imóvel adquirido, que passou de 126,5 mil euros por imóvel para os 137,4 mil euros, uma valorização de 8,7%.
A Grande Lisboa, com um total de 9,1 mil milhões de euros, concentrou 32,3% do valor das transações de alojamentos realizadas em 2023. Todas as regiões registaram decréscimo tanto em número de imóveis transacionados, como em valor. O Oeste e Vale do Tejo foi a terceira onde os valores caíram menos, apenas o Centro e o Norte tiveram melhores resultados.
No total de imóveis transacionados na região, 86,8% correspondem a aquisições realizadas por famílias e sendo o remanescente pelos restantes setores institucionais.
Outro dado relevante é o aumento da contribuição da compra de habitação por compradores com domicílio fiscal fora do território nacional. Este tipo de aquisição representou uma parte significativa das transações na região, refletindo a atratividade do mercado imobiliário local para investidores estrangeiros. No total, 7% dos imóveis da região foram adquiridos por cidadãos estrangeiros, um aumento de 1,1 pontos percentuais em relação a 2022, e estes significaram 11,4% do valor transacionado, com uma variação idêntica. Neste particular, o Oeste e Vale do Tejo fica à frente do Norte, Centro e Península de Setúbal, mas fica equiparada ainda com a Grande Lisboa, Alentejo e Açores, ficando abaixo da Madeira e Algarve. Nesta última, os compradores estrangeiros já representam perto de metade do valor investido.
Estes dados evidenciam uma dinâmica positiva no mercado imobiliário do Oeste e Vale do Tejo, sugerindo um cenário favorável para o investimento e desenvolvimento neste setor. ■