Mais transbordos na linha do Oeste

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comboiosNão é só nas Caldas da Rainha que a CP obriga os seus clientes a mudarem de comboio sem qualquer motivo técnico que não seja a gestão do material circulante. Agora também em Torres Vedras os passageiros são confrontados com transbordos que não fazem qualquer sentido porque saem de uma automotora para entrarem noutra a fim de poderem prosseguir viagem.
Segundo a CP, estas rupturas de carga têm a ver com a falta de material circulante, dada a dramática situação a que chegou a frota a diesel da empresa. Tal já levou até a que pusessem uma automotora eléctrica a fazer serviço na linha do Oeste entre Meleças e Lisboa por forma a que a automotora a diesel não tenha que seguir para a capital e possa voltar para trás para assegurar outra rotação.
Nestas circunstâncias não é improvável que, por exemplo, um passageiro (eventualmente com alguma dose de azar) que queira viajar de comboio de S. Martinho do Porto para o Rossio, tenha de apanhar – pasme-se! – cinco composições: uma de S. Martinho para as Caldas, outra para Torres Vedras, outra para Meleças, outra para o Cacém e outra para o Rossio.
Isto quando há 20 anos havia cerca de 10 comboios por dia em que era possível entrar na composição em S. Martinho e só sair no Rossio.
Em Abril deste ano, Manuel Queiró, dizia à Gazeta das Caldas que a “a linha do Oeste é uma bandeira para a CP” e que o problema da falta de material circulante só se resolveria quando viessem para este eixo as automotoras espanholas que a empresa tinha alugado ao país vizinho e que têm prestado serviço no Douro e Minho.
O gestor público disse então que a vinda desse material seria acompanhada de mudanças na área comercial e na oferta por forma a atrair mais passageiros.

C.C.

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