As colheitas de maçã e de pera estão ainda a decorrer e as perspectivas são de que a produtividade será elevada para os dois tipos de fruto. Também na uva a estimativa aponta para uma melhoria em relação ao ano passado.
Segundo o boletim de previsões agrícolas do INE, a produção de maçã poderá apresentar “níveis historicamente elevados”, o que decorre das condições meteorológicas bastante favoráveis na época da floração e do vingamento. O documento aponta a existência de uma considerável amostra de frutos de bom calibre e coloração.
A previsão é de que a campanha de 2019 seja “uma das mais produtivas de sempre”, com um rendimento próximo das 23,9 toneladas por hectare, mais 30% que na campanha do ano passado.
Na pera, a produtividade deverá ser semelhante à da campanha de 2018, com cerca de 13 toneladas por hectare. No entanto, esta rentabilidade ainda fica três toneladas abaixo da campanha de 2017. Neste fruto, o Oeste concentra 85% dos pomares. O fruto teve “um vingamento irregular”, diz o boletim de previsões agrícolas do INE, devido às baixas temperaturas noturnas e à precipitação registadas no Oeste em Abril, assim como à ocorrência de focos de estenfiliose no Baixo Oeste.
CLIMA FAVORÁVEL À VINHA
Na vinha, as condições meteorológicas ao longo da campanha foram, em geral, favoráveis ao desenvolvimento do fruto. O Inverno seco contribuiu para a destruição do agente patogénico do míldio e a Primavera também seca evitou o surgimento de infeções primárias graves. Os arrefecimentos noturnos têm contribuído para avançar com o processo de maturação das uvas, estimando-se um aumento de produtividade de 10% face à vindima de 2018, para 37 hectolitros por hectare. Este valor é também superior ao da média dos últimos cinco anos em 4%.