Região recuperou mercado turístico com subida de 35% nas dormidas

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Quatro primeiros meses de 2021 condicionaram resultado final. De maio a dezembro os números aproximaram-se dos verificados no pré-pandemia

O turismo teve uma recuperação no Oeste durante o ano de 2021 que rondou os 30%, mas ainda insuficiente para regressar aos valores pré-pandemia. O sinal mais positivo em termos globais nos 12 concelhos foi a subida da estada média, que se cifrou acima dos 2 dias, algo pouco habitual na região.
Os dados provisórios do INE, disponibilizados através de atualização mensal, dão a conhecer apenas o número de dormidas e de hóspedes. Começando pelos primeiros, a região registou, como um todo, mais de 868 mil dormidas, mais 35% do que as verificadas no ano de 2020.
Apesar do setor hoteleiro ter estado praticamente paralisado durante os quatro primeiros meses do ano, a partir de maio o número de dormidas subiu substancialmente. Entre janeiro e abril a região registou pouco mais de 50 mil dormidas, número idêntico ao mês mais “fraco”, dezembro, novamente afetado pelo apertar das medidas de restrição pelo risco de transmissibilidade de covid-19.
Estabelecendo uma média dos 8 meses de 2021 que decorreram com normalidade e projetando o resultado para os 4 primeiros, percebe-se que facilmente seria ultrapassado o milhão de dormidas caso também esses tivessem decorrido com normalidade, embora fosse igualmente difícil recuperar na totalidade em relação a 2019, quando a região atingiu um máximo de 1,36 milhões de dormidas.
Recorde-se que, entre 2019 e 2020, o número de dormidas na região tinha caído para menos de metade.
Também o número de hóspedes cresceu de forma substancial no conjunto dos 12 concelhos do Oeste, embora um pouco menos do que o número de dormidas. O número de hóspedes foi superior em 28,6% em relação a 2020, ano em que também tinha reduzido a menos de metade para o verificado em 2019.
O menor crescimento do número de hóspedes em relação ao de dormidas não é, necessariamente, um fator negativo. Significa, até, que cada hóspede ficou, em média, mais tempo na região. A estada média atingiu os 2,03 dias no Oeste, acima do registado quer em 2020 (1,94), quer em 2019 (1,96).

Nazaré lidera
Nos concelhos do Oeste Norte, todos subiram o número de dormidas em relação a 2020, como seria de esperar, mas há diversos dados que merecem leituras.
A Nazaré mantém-se como o concelho onde se registaram mais dormidas (157 mil). O concelho nazareno tinha chegado à liderança no ano passado, por troca com Óbidos. Lidera também, e por larga margem, no número de hóspedes (85 mil). Foi, no entanto, o que menos cresceu nos dois itens, 24,6% e 13,1%, respetivamente.
Óbidos tinha perdido a liderança em 2020 e, no ano passado, também perdeu o segundo lugar, para Peniche, que registou 150 mil dormidas, provenientes de 70 mil hóspedes. O concelho de Peniche registou subidas de 36,8% e 34,2%, respetivamente.
Em Óbidos, concelho que se pode queixar de ser um dos mais afetados na região pelo cenário de crise pandémica em relação ao turismo, registo para 140 mil dormidas com 62 mil hóspedes. Como fator positivo, a estada média no concelho é a mais elevada na região (2,25 dias) e cresceu em relação a 2020 (2,15).
Bastante próximo de Óbidos ficou o concelho das Caldas da Rainha em número de hóspedes (60 mil), embora ainda distante em número de dormidas (115 mil). Dos concelhos com maior vocação turística, Caldas foi mesmo o que mais cresceu na região, 44,2% em dormidas e 42,2% em hóspedes, mas é também o que tem estada média mais baixa, (1,90 dias), bem abaixo do pré-pandemia, quando rondava os 2 dias.

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