A responsabilidade social das empresas custa dinheiro mas traz vantagens

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Gazeta das Caldas - AIRO
José Sá Nogueira disse que a responsabilidade social aumenta a reputação da marca, as trocas de contactos, as oportunidades de negócio e a lealdade dos stakeholders
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A responsabilidade social das empresas “custa dinheiro, mas tem vantagens”, afirmou o empresário José Sá Nogueira numa sessão da AIRO e do Centro de Recursos Comunitários da Santa Casa da Misericórdia, que se realizou a 31 de Janeiro, no auditório da antiga Universidade Católica. A reputação da marca, a troca de contactos que gera novas oportunidades de negócio e a lealdade de colaboradores, accionistas e clientes são alguns dos benefícios que advém dos actos de responsabilidade social.

“As empresas são fundadas para criar riqueza, a rentabilidade é o fim primeiro, não são casas de caridade”, começou por realçar José Sá Nogueira, fundador da Grace, uma associação sem fins lucrativos que promove iniciativas de responsabilidade social corporativa. Ainda assim, defende que hoje, e com as alterações climáticas, a gestão das empresas tem de assentar num triângulo estratégico: riqueza, responsabilidade social e consciência ambiental.
“Além de criarem riqueza económica, as empresas têm de melhorar as comunidades onde estão inseridas, têm de ser participantes activos da sociedade”, disse o empresário, acrescentando que os apoios não têm de ser apenas na área social, mas também nas áreas ambientais, culturais, desportivas e educativas. “Custa dinheiro, mas tem vantagens”, realçou. O valor social e económico, a reputação da marca, a troca de contactos que gera novas oportunidades de negócio e a lealdade dos colaboradores, accionistas e clientes, são exemplos dessas vantagens.
É preciso “passar além da caridadezinha para o apoio directo”, defendeu José Sá Nogueira.

Na mesma sessão, Tiago Seixa, da Core, falou sobre o trabalho feito por esta Organização Não Governamental para o Desenvolvimento. A Core tenta juntar profissionais da área social e da área empresarial, trabalhando para que os apoios das empresas vão de encontro ao que a comunidade necessita.
Tiago Seixa estabeleceu a diferença entre responsabilidade social clássica e criação de valor partilhado, que passa por criar valor económico de uma forma que também se crie valor social ou ambiental para a sociedade. A ideia é “juntar o sucesso do negócio com a mudança social”.
Presente na sessão estiveram representantes da Junta de Freguesia do Nadadouro e da União de Freguesias de Salir do Porto e Tornada que quiseram saber como podem as Juntas ajudar a aumentar a responsabilidade das empresas. José Sá Nogueira disse que as autarquias podem ser o elemento de ligação que permite que os dois lados vejam os seus objectivos satisfeitos.
Carina Gonçalves e Clara Cunha apresentaram os serviços da In Bureau Veritas, uma empresa de inspecção e certificação.

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