Seis anos depois de construídos, os equipamentos de madeira instalados pela Câmara de Óbidos junto à praia do Bom Sucesso, vão finalmente ser concessionados, podendo abrir já no dia 15 de Maio.
Susana Bastos e Pedro Miguel Bastos, o casal proprietário do restaurante Rio Cortiço, negociou com a autarquia a concessão daquele espaço durante dez anos (com opção por mais dez), que passará a chamar-se Rio Cortiço Lagoa e será “um restaurante de praia com bar de apoio”, de acordo com os dois (também) sócios.
O estabelecimento estará aberto durante todo o ano e não apenas nos meses de Verão porque o objectivo é servir a exigente clientela dos empreendimentos turísticos daquela zona. O casal prevê que o seu funcionamento irá criar cerca de 10 postos de trabalho e pretende estabelecer uma parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste para receber alunos em estágio.
Susana e Pedro Bastos exploram desde há 13 anos o restaurante Rio Cortiço, na praia com o mesmo nome, tendo transformado aquele estabelecimento (que nasceu como uma barraca de praia, entretanto modificada) numa referência devido aos pratos de peixe e marisco. Grande parte da sua clientela é estrangeira, joga golfe e provém do Bom Sucesso, Quintas de Óbidos, Pérola da Lagoa e Royal Óbidos. O casal diz que pretende replicar para o Rio Cortiço Lagoa o mesmo tipo de gastronomia, embora com um serviço “diferenciado”.
Segundo a Câmara de Óbidos, a concessão do direito de exploração do equipamento composto por restaurante, apoio de praia e ponto de aluguer de bicicletas, foi feita por um montante inicial de 80 mil euros e uma renda mensal de mil euros.
Estes irão abrir após a execução das obras de remodelação da construção existente para as funções de apoio de praia.
Os restaurantes foram construídos em 2004 pela Câmara de Óbidos num loteamento que datava da década de 80 e que inicialmente tinha prevista a construção de uma moradia. De acordo com o vereador Humberto Marques, o presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de então disse que não havia qualquer problema à construção dos restaurantes, mas a verdade é que “teias burocráticas” levaram a que estes apenas ficassem totalmente legalizados em 2009.
“Encontrávamo-nos à época numa situação de vazio nas regras de adaptação a este apoio de praia, uma vez que estava próximo da zona do Plano de Ordenamento da orla Costeira mas não estava lá dentro”, explicou.