Secretário de Estado consigna 16% do montante em falta para concluir projecto da Barragem do Arnóia

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FotoAssinaturaFaltavam obras no valor de 28 milhões de euros para construir a rede de rega que dá sentido à Barragem do Arnóia. Na passada segunda-feira, o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, veio a Óbidos homologar uma obra de 4,6 milhões de euros destinada a construir a estação elevatória para o aproveitamento hidroagrícola das baixas de Óbidos e Amoreira. Um equipamento que permitirá filtrar a água que será depois disponibilizada para rega.
Fica a faltar uma segunda fase, no valor de 23,4 milhões de euros, para construir a rede de rega e de drenagem.

Durante este mês o consórcio Oliveiras/Sotecno Gaio vai montar o estaleiro para dar início à obra da estação elevatória da Rede de Rega das Baixas de Óbidos. A garantia foi dada pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, no passado dia 29 de Fevereiro, aquando da cerimónia de assinatura do auto de consignação e homologação da obra, que decorreu no Convento de S. Miguel, nas Gaeiras.
A obra agora consignada é referente à primeira fase da rede de rega e contemplará a construção de uma estação elevatória orçada em 4,6 milhões de euros, que filtrará a água para a rega. Na segunda fase serão construídas uma rede de rega com 45.800 metros e uma rede de drenagem com 49.500 metros, totalizando a obra, no conjunto, cerca de 28 milhões de euros.
Já construídos há cerca de uma década estão as redes viárias e a barragem, no valor de 14 milhões de euros. Contudo, esta não tem tido o aproveitamento para a qual foi concebida por não estar criada a rede de rega, que permitirá irrigar 1.200 hectares de terrenos e servir quase mil agricultores dos concelhos de Óbidos e Bombarral.
Na sua totalidade o projecto de aproveitamento hidroagrícola envolve um investimento na ordem dos 40,1 milhões de euros.
O governante recordou que o despacho para o aproveitamento hidroagrícola foi assinado em 2010 e que agora está, finalmente, lançada a “cadência normal de obra”. Encontra-se em fase de análise de propostas a empreitada da construção da rede de rega do bloco de Óbidos e, em preparação, o procedimento para a empreitada do bloco da Amoreira.
“É este tipo de investimentos que fazem a diferença e que irão contribuir para colocar o sector agrícola como uma das áreas que mais podem contribuir positivamente para a nossa balança comercial”, disse Amândio Torres. O governante disse que voltaria dentro de ano e meio, no máximo dois anos, para ver a obra totalmente concluída.
O presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, realçou o aumento de produtividade que os agricultores poderão ter com a rede de rega. “Vai permitir duplicar, ou mesmo triplicar, as culturas, sobretudo hortícolas, na região”, salientou.
O autarca defendeu que era bastante importante que existisse rastreabilidade dos produtos, de modo a valorizar a produção nacional e mostrou a sua preocupação com as datas dos seguros de colheita e cujas apólices devem ser feitas meses antes para proteger os produtores das consequências das intempéries.
A disponibilidade de água, em quantidade e qualidade, foi também realçada pelo presidente da Associação de Regantes, Filipe Daniel, que explicou que desta forma será possível tirar mais do que uma cultura por ano agrícola, sobretudo ao nível dos hortícolas.
No concelho de Óbidos existe actualmente mais de um milhar de empresas ligadas à agricultura, algumas delas vocacionadas para as tecnologias e inovação, criando novas soluções para o sector.

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