Empresa familiar está presente em vários pontos do país, entre os quais Caldas da Rainha.
Com sede no Bombarral e lojas em diversos pontos do país, a Solarsegura nasceu há 30 anos como sociedade de mediação e tem como grande objetivo integrar, em 2023, a lista das 20 maiores empresas de corretagem de seguros do país. A cargo da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, este é o patamar mais alto deste setor e que, pelas obrigações legais, acaba por conferir um nome mais forte à empresa no mercado.
A Solarsegura, que desde 2001 é corretora de seguros, foi fundada por Luís Manuel Silva com mais dois sócios que, posteriormente, abandonaram a empresa e que acabou exclusivamente na família, com a entrada da esposa, Natália Silva, e dos dois filhos, Luis Silva e Vasco Silva.
Com 26 colaboradores e uma faturação de 1,4 milhões de euros em 2021, desde a abertura que a empresa tem registado crescimentos anuais. A carteira de seguros reparte-se entre os diversos segmentos do negócio – saúde, vida, multirriscos, responsabilidade civil – representando o ramo automóvel 40% do total. A Solarsegura conta com 11 lojas para além da sede: Caldas da Rainha (aberta em 1998), Nazaré e Lourinhã (2007), Paredes (2013), Rebordosa (2014), Abrantes e Entroncamento (2016), Santarém e Torres Novas (2019), Lousada (2020) e Matosinhos (2021). Perspetiva abrir no início do ano mais duas lojas e virar-se, posteriormente, para o Alentejo e Algarve.
Um programa informático especialmente concebido para a empresa, que entrou ao serviço poucos meses antes do início da pandemia, permite a interligação da sede com as sucursais.
A expansão deveu-se ao repto lançado pelo então presidente da Liberty Seguros, José António Sousa, que apoiou financeiramente a Solarsegura. “Todos os dias posso agradecer-lhe por essa estratégia”, destaca Luís Manuel Silva. A companhia tinha em curso um plano de encerramento de balcões em Portugal, incentivando os mediadores a expandirem as suas lojas. “Aproveitámos a oportunidade nessa altura e é isso o que estamos neste momento a assistir no mercado segurador”, adianta Vasco Silva.
Antigo funcionário de escritório da empresa Auto-Alexandres, Lda, foi aqui que Luís Manuel Silva entrou no mundo dos seguros, entre os 16 e os 30 anos. Jogador amador do Sport Clube Escolar Bombarralense, partiu uma perna num jogo frente do Grupo Desporto de Peniche. No período de recuperação, a leitura de um anúncio num jornal diário na esplanada do Café Lila, no Bombarral, iria fazer toda a diferença no seu futuro.
“A minha vida começa com a sorte de ter partido uma perna a jogar futebol ou não tinha chegado aqui”, conta o empresário à Gazeta. A seguradora espanhola La Equitativa estava a recrutar profissionais para Lisboa, Coimbra e Porto, mas o antigo estudante da Escola Comercial e Industrial das Caldas da Rainha resolveu contar o que lhe tinha acontecido e escreveu uma carta à companhia a manifestar interesse em tornar-se mediador. Foi contactado pessoalmente pela seguradora, que lhe ofereceu o curso de mediação de seguros.
Pouco depois optava por estabelecer-se profissionalmente na aldeia bombarralense de São Mamede, numa loja cedida gratuitamente por um familiar e, juntamente com um colega, abre um escritório de contabilidade e seguros na década de 1980. O negócio cresceu e mudou-se para um escritório no Bombarral. “Os seguros foram crescendo, o número de contabilidades também e surgiu a oportunidade, com mais dois sócios, de fazer uma sociedade de mediação”, juntando as respetivas carteiras de clientes, recorda Luís Manuel Silva. Estávamos em 1992 e nascia a Solarsegura, Lda. Poucos anos depois ficou com a totalidade da sociedade, permitindo a entrada da esposa e aos dois filhos, sendo desde então uma empresa familiar. Curiosamente, os filhos Luis e Vasco também seguiram desportivamente as pisadas do pai e chegaram a integrar, por vários anos, o plantel sénior do Caldas Sport Clube.
Indissociável da Solarsegura, Lda – que deve o nome ao Edifício ‘O Solar’ onde tem a sede – está a empresa Caticonta – Contabilidade e Gestão. Lda, que é outro importante ramo do negócio da família Silva. E vai continuar sediada de pedra e cal no Bombarral.