Start-ups tecnológicas apresentaram-se a empresários do Oeste

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Empresários do Oeste
Na acção participaram dezenas de empresários da região

Três start-ups (jovens empresas) da área das tecnologias foram dadas a conhecer a empresários do Oeste num jantar-conferência sobre Networking, organizado pela AIRO e pela OesteCIM. Um produto inovador e duas soluções baseadas na Internet, de apoio à indústria e à agricultura, foram exemplos de ideias futuristas que fazem cada vez mais sentido nos negócios do presente.

Três empreendedores falaram dos seus projectos num jantar conferência organizado pela AIRO. Três empresas viradas para o futuro em que o tema “networking” surge ligado a uma actividade muito dirigida ao trabalho na rede, ou para a rede.
O primeiro projecto apresentado foi o da Egg Electronics, uma empresa com sede em Lisboa, na incubadora de EDP, que está a produzir na Marinha Grande um hub de tomadas eléctricas de nova geração direccionado sobretudo aos carregadores de tablets e telemóveis. Este produto nasceu da necessidade de adaptar as chamadas fichas triplas às novas tendências em termos de design e usabilidade. O produto está a ser desenvolvido para incorporar no futuro o carregamento por indução – uma tecnologia que converte e reverte a electricidade através de um pequeno campo magnético para o carregamento de baterias de aparelhos.
Tiago Morgado foi quem transformou esta ideia num negócio e disse que por vezes não se trata de ter ideias extraordinárias, mas sim de fazer alguma coisa com as que nos ocorrem.
André Godinho Luz apresentou a VL Engineering/Glexys, empresa que desenvolveu um programa destinado à indústria e que é operado online, através de um browser. Este programa visa melhorar o desenho e o fabrico de produtos. Em linhas gerais, o algoritmo desenvolvido pela Glexys permite testar no computador o fabrico de produtos e perceber como se pode fazê-lo com maior precisão e, logo, menores custos de desenvolvimento uma vez que substitui os protótipos.
O empreendedor classificou esta nova forma de desenvolver e produzir como a quarta evolução da indústria, depois das máquinas a vapor, da introdução da linha de produção e da introdução da robótica.
André Godinho Luz falou nas dificuldades que ainda existem no empreendedorismo na indústria em Portugal e apontou como um dos motivos a falta de um cluster português, como existe em Coventry (Reino Unido) para a indústria automóvel, na Suécia para a supercomputação, ou em Israel para a indústria da defesa. “Em Portugal faz-se tudo e mais alguma coisa e não se aposta em nada de especial”, criticou. Esta empresa tem como um dos principais clientes a Mercedes.
A terceira empresa apresentada foi a Wisecrop, que aproxima as novas tecnologias da agricultura. A empresa providencia sensores para explorações, cujos dados são analisados por uma aplicação. Esta torna os dados em linguagem facilmente perceptível para os agricultores, com vista a ajudá-los a tomar as melhores decisões em vários campos, como a adubação ou o tratamento de doenças e de pragas, tornando os tratamentos mais eficientes. A empresa presta um serviço integrado, que inclui também a consultoria.
A aplicação funciona numa plataforma online e pode ser operada através de um smartphone. À distância é possível controlar alguns aspectos do trabalho diário, como a rega.