Turismo bateu recordes no Oeste em dormidas e hóspedes em 2022

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Região superou no ano passado os registos de 2019, confirmando as perspetivas criadas ao longo de um ano muito positivo para o setor

Ao longo do ano de 2022 o setor do turismo deu sinais muito positivos na região Oeste e, agora, os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam esses indicadores, apontando a um número recorde de hóspedes e dormidas nos estabelecimentos de alojamento da região.
O número de dormidas na região atingiu um máximo histórico de 1,42 milhões, ultrapassando o anterior máximo, que tinha sido fixado em 2019, último ano completo antes da pandemia. Nessa altura, o turismo vinha em franco crescimento na região, de ano para ano, e em 2022 o setor registou um crescimento de 4,3% em relação a 2019. Em relação a 2021, o setor do alojamento registou um crescimento de 65,3%. Para dar uma noção de como a pandemia afetou a atividade do turismo, no ano de 2022 as unidades de alojamento da região ficaram a pouco mais de 81 mil dormidas do combinado dos anos 2020 e 2021.
Também no número de hóspedes se atingiu novo recorde absoluto na região para um ano de atividade, 696.419. Este número também supera o valor de 2019, quando pernoitaram na região 694.762 pessoas. É um crescimento de 0,2% em relação a 2019, o que significa que o crescimento das dormidas é superior ao do número de hóspedes. Isto, por sua vez, reflete que a estadia média também aumentou em relação ao pré-pandemia, de 1,96 noites por hóspede para 2,04. Este número é, contudo, inferior ao registado em 2021, 2,05 noites por hóspede.
Comparativamente com o ano anterior, o número de pessoas a pernoitar na região cresceu 66,3%.
O crescimento do setor turístico na região é tão mais notório e significativo porque, a nível nacional, apesar de se ter voltado a valores referência de 2019, não se registaram valores recorde. O número de dormidas em todo o país ficou 0,9% abaixo de 2019, enquanto o número de hóspedes ficou 2,3% aquém.
Por tipo de unidade de alojamento, a hotelaria convencional é a principal escolha de quem visita o Oeste para pernoitar, com 508 mil hóspedes, representando 72,9% do total. O alojamento local somou 126 mil hóspedes, 18,1% do total, enquanto o turismo rural e de habitação atingiu as 62 mil dormidas, 8,9% do total. Nas dormidas, a hotelaria superou o milhão, representando 70,9% do total. O alojamento local representa 21,6% das dormidas e o turismo rural e de habitação, 7,4%.
Por concelhos, Torres Vedras é o concelho do Oeste com mais dormidas (270.539), com Óbidos atrás (256.631) e Peniche (238.192) a retirar a Nazaré do pódio (237.651). Se no Oeste houve novo recorde absoluto de dormidas, esta realidade não é extensiva a todos os concelhos. Caldas da Rainha e Alcobaça ficaram abaixo dos números de 2019, respetivamente em 1,8% e 11,8%. Já os restantes concelhos com números disponíveis registaram novos máximos, com destaque para Lourinhã, que melhorou o seu máximo em 62,8%, embora fique ainda longe dos restantes concelhos do Oeste no número total. Peniche melhorou 9,3% em relação a 2019, Torres Vedras 7,7% e Óbidos 4,2%.
Em número de hóspedes, a Nazaré mantém a liderança na região, com 136.326. Torres Vedras (122.757) é o segundo concelho com mais hóspedes em 2022, seguido de Óbidos (121.281), destronando Peniche (110.991) deste “pódio”.
Também neste parâmetro houve concelhos da região a melhorar bastante os seus máximos históricos, nomeadamente Lourinhã (44,9%), Peniche (8,2%) e Torres Vedras (6,1%). Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Alcobaça ainda ficaram abaixo dos máximos de 2019. ■