NUNO COPA SANTOS
Coordenador de Agência da Caixa Agrícola das Caldas da Rainha
Há quantos anos trabalha neste banco?
Ingressei na Banca em Setembro de 1993, ou seja, há 26 anos .
Do que mais gosta na sua actividade profissional?
O contacto diário com clientes e sentir que podemos ser úteis para o bem estar das famílias e empresas, toda envolvência comercial que se aplica no sector bancário, há relações comerciais com os clientes que ficam para o resto das nossas vidas.
É com regozijo que continuo a desempenhar a minha actividade profissional.
O Banco de Portugal já recomendou maior prudência na concessão de crédito. Como é que essa recomendação tem sido veiculada nos balcões, junto dos clientes, em especial às pequenas empresas locais?
Toas as recomendações do Banco de Portugal são transversais ao sector da Banca, sendo incorporados pelas Direções de Compliance e Risco do Crédito Agricola .
O Crédito Agricola sempre teve muita prudência na concessão de crédito, daí ser dos poucos Bancos que nunca “cortou” o crédito aos seus clientes e potenciais, daí a prudência ser a que sempre se praticou no Grupo CA, com eventuais ajustes exigidos pelo Banco de Portugal.
O risco é avaliado de acordo com cada operação, de forma a mitigar eventuais incumprimentos.
Com juros muito baixos nos depósitos, que produtos de poupança são sugeridos aos clientes?
Continuamos a sugerir as tradicionais Poupanças e Depósitos a Prazo, assim como Fundos de Investimentos, sendo que as subscrições de Fundos dependem sempre do perfil de risco do cliente, e respectiva aceitação por parte deste .
O tecido empresarial das Caldas da Rainha é estimulante para a banca?
Sim, é muito estimulante para o sector bancário, o concelho de Caldas da Rainha possui um vasto número de empresas de grande potencialidade, salientando que em 2018 foram distinguidas pelo IAPMEI e Turismo de Portugal 11 empresas PME Excelência o que demonstra bem a qualidades das empresas.
Para a Caixa Agrícola é um concelho de grande importância, assim como os concelhos limites, possuímos clientes empresa das Caldas da Rainha que actuam fortemente no mercado Nacional e Internacional.
“O Crédito Agrícola manterá sempre um atendimento “Face to Face”.
As comissões estão a aumentar. É esta a nova forma de obter receitas dos bancos? Não teme uma perda de clientes, especialmente mais novos, para a nova concorrência digital?
Todo sector bancário aumentou as despesas inerentes às contas bancárias e respectivos produtos, sendo que o crédito agrícola continua a ser um dos Bancos com um preçário mais reduzido, aumento este justificado pelos valores negativos da Euribor.
A CA continua a isentar despesas de manutenção a clientes Jovens e Reformados.
Somos o único Banco com Capitais Nacionais, somos um Banco de CA, em que continuamos a crescer nos depósitos, estou convicto que foi dos Bancos que mais cresceu no total dos recursos dos clientes, o que demonstra bem a Confiança e Solidez do Grupo CA.
Quanto à banca digital, o crédito agrícola lançou no passado 11 de Setembro, uma nova aplicação bancária denominada Moey, direcionada para clientes que procuram soluções de fácil acesso e seguras.
O Moey é uma ferramenta para gerir o dinheiro sem custos associados ou comissões, o registo demora cerca de 10 minutos, através da nova app mobile moey. Esta conta possui ainda um cartão associado, que pode ser ativado e desativado através da aplicação.
Como imagina um balcão de um banco dentro de 10 anos?
A mudança é diária, com a actual “velocidade” da Banca digital a entrar no mercado português, é expectável que as agências sejam convertias em “escritórios”, com um número residual de funcionários, embora o Crédito Agricola com a proximidade que tem com os seus clientes, continuará sempre com um elevado número de agências e manterá sempre um atendimento “Face to Face”.