Associação pretende ser mais do que a “ponte” entre os
encarregados e a direção do agrupamento
A Associação de Pais e Encarregados do Agrupamento de Escolas D. João II tem vindo a destacar-se pela sua dinâmica, que vai além da primeira missão: a de ser a ponte entre a direção da escola e os encarregados de educação.
Concursos de contos de Natal, pinturas de jogos no recreio das escolas, a realização de conferências e um concurso para a criação do logótipo da associação são alguns dos exemplos de atividades que têm vindo a ser desenvolvidas pela associação ao longo dos últimos meses.
O grupo de trabalho é composto por 16 pessoas, sendo dez delas da Direção. Os órgãos sociais foram eleitos em outubro de 2021, com cerca de 70 votos. A associação é encabeçada por Filipa Louro, uma juíza de direito nas Caldas da Rainha, que tem dois filhos a estudar na escola da Encosta do Sol e que se assume como “uma curiosa e apaixonada pela educação”. Tem como vice-presidente Vanessa Sobreiro e Sara Silva como presidente da Assembleia Geral.
A história para a composição da lista não deixa de ser curiosa. “Estávamos a tentar reativar a associação de pais da escola da Encosta do Sol quando entretanto se deu a assembleia para a associação de pais do agrupamento”, recordou Filipa Louro.
O primeiro passo após a eleição foi a realização de visitas a todas as escolas do agrupamento, para conhecer a fundo a realidade. “Temos em comum a vontade de contribuir para melhorar a escola e o agrupamento de escolas onde os nossos filhos estudam”, explicou a presidente da associação à Gazeta das Caldas.
Com a pandemia, os pais sentiram-se “muito excluídos do processo educativo”. A isso acresce que consideravam que a direção da escola já tinha inúmeros desafios e questões em curso e o facto de sentirem que poderiam efetivamente ajudar a concretizar alguns desses objetivos motivou os pais. A comunicação da escola para fora, por exemplo, é um deles. “Somos parceiros ativos”, resume a dirigente.
Desde que esta direção tomou posse, têm sentido que existe “muita participação dos pais, que estavam muito preocupados”. “As restrições nos recreios das escolas criavam muitos problemas”, esclarece Filipa Louro, que, por outro lado, sente uma certa “perda de autonomia brutal nos alunos mais pequenos”, além de efeitos ao nível do desenvolvimento da linguagem pela utilização das máscaras.
A presidente da associação de pais da D. João II espera também que esta dinâmica que apresentam “possa contagiar outras associações de pais, porque os bons exemplos devem ser replicados, nós também aprendemos, por exemplo, com a Associação de Pais do Agrupamento Raul Proença, que tem maior experiência”.
Atualmente a associação está a organizar as celebrações do Dia da Criança e também da Semana do Agrupamento, assim como a colaborar na organização das comemorações do 25 de Abril. Outra atividade que está a ser preparada é uma conferência sobre a violência escolar, um tema cada vez mais pertinente.