A Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) vai iniciar, em Outubro, o curso de Turismo de Saúde e Bem-Estar. Esta nova oferta formativa, de especialização técnica, irá decorrer no polo caldense da escola, é modular e terá uma duração de seis meses. A funcionar em dois polos, em Caldas da Rainha e em Óbidos, a EHTO tem 13 anos de existência.
A intenção da EHTO em desenvolver um projecto educativo diferenciador e que responda às exigências do mercado, aliado à vontade do Turismo de Portugal em diversificar a oferta formativa no âmbito da rede de escolas de Hotelaria e Turismo, levou à criação do curso de Turismo de Saúde e Bem-Estar. Para esta nova aposta formativa também contribuiu o interesse de reforço da formação nesta área manifestado pelas entidades que integram o grupo de trabalho do Turismo Termal (Turismo de Portugal, Ordem dos Médicos, Associação Nacional de Municípios, Associação das Termas de Portugal, Direcção Geral de Energia e Geologia), que afirmam “claramente que a implementação de programas de combate à sazonalidade, através da dinamização de produtos turísticos específicos, nomeadamente o turismo de saúde, é uma prioridade para o turismo”, explica o director da EHTO, Daniel Pinto à Gazeta das Caldas.
O novo curso está também “alinhado” com a estratégia definida pela Câmara das Caldas e Comunidade Intermunicipal do Oeste de relançamento do Termalismo, Saúde e Bem-Estar no concelho e região Oeste, e contribuir para o reforço das parcerias entre a autarquia, turismo, saúde e grupos hoteleiros privados, concretiza.
Com início em Outubro, este é um curso de especialização técnica e terá uma duração de aproximadamente seis meses, apesar de ter uma estrutura modular e, por isso, possibilitar a inscrição módulo a módulo. Destina-se a profissionais de estabelecimentos termais e spas, esteticistas, atendimento ao cliente, do sector do alojamento e hotelaria, Turismo Rural, animação turística, saúde, terapias complementares, desempregados, jovens à procura do primeiro emprego e empreendedores. Todos têm que ter a escolaridade mínima obrigatória. O curso terá uma componente técnica e prática, em articulação com algumas unidades do sector, entre elas o Hospital Termal.
Daniel Pinto considera que deve existir um esforço colectivo e de trabalho em rede, juntando a experiência e conhecimento de todas as entidades que possam alavancar e potenciar o desenvolvimento do cluster “Termalismo, Saúde e Bem-Estar” na região. Na sua opinião, este curso “pode e deve funcionar como um estímulo e motivação para a dinamização de actividades e criação de produtos e serviços turísticos relacionados com esta área tão importante”.
Daniel Pinto refere, ainda, que esta formação pode funcionar de forma complementar ao curso de termalismo, de nível IV de dupla certificação (com a duração de três anos) que funciona na ETEO, permitindo-lhes aprofundar os conhecimentos na área.