Escolas de referência da região com pouca procura

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O Governo, através da DGESTE, criou uma rede de escolas de referência pelo país que deveriam ficar abertas para receber os alunos filhos de trabalhadores de serviços essenciais, mas também para fornecer refeições em regime de take-away aos alunos beneficiários da acção social escolar.
No Agrupamento de Escolas Raul Proença a escola de referência é a EB de Santo Onofre (EBI), que tem estado sempre aberta, mas não recebeu ainda nenhuma solicitação de filhos de trabalhadores dos serviços essenciais.
“No que diz respeito à alimentação começámos por dois pedidos e, neste momento, estamos a fornecer seis refeições diárias”, contou à Gazeta das Caldas o director do agrupamento, João Silva.
Já na Bordalo Pinheiro nem uma nem outra opção têm tido procura. “Tem funcionado bem. Está tudo a postos embora não tenha havido procura”, disse à Gazeta a directora Maria do Céu Santos.

No agrupamento de Óbidos a escola de referência é a Josefa de Óbidos, que tem funcionado em horário contínuo das 8h30 às 17h00, sendo o horário assegurado pelo director e por um outro elemento da direcção em permanência. “Para além disso, temos tido, em regime de rotatividade quatro funcionários por dia. Estes trabalham durante um dia e só voltam a trabalhar passados, no mínimo sete dias, a fim de se minimizar o risco de contágio”, explicou o director José Santos.
Esta quarta-feira, já após o fecho desta edição, a escola iria receber o primeiro aluno filho de pessoal dos serviços essenciais. À Gazeta, ainda antes de receber o primeiro aluno, José Santos havia explicado que tinham três espaços distintos com diversas valências e actividades preparados para o efeito.
Em Óbidos têm sido servidas cerca de uma dezena de refeições diariamente para alunos carenciados.
Noutro âmbito, o Ministério da Educação esclareceu que são “extemporâneas e meramente conjeturais quaisquer afirmações sobre a avaliação final do terceiro período”. “A prioridade durante estas duas semanas, antes das férias da Páscoa, tem sido estabelecer mecanismos não presenciais com os alunos, tendo especial relevo o arrancar deste processo e a especial atenção aos alunos em situação de maior vulnerabilidade”, pode ler-se num comunicado.