Primeira Feira do Ensino e Formação da Gazeta recebeu mais de mil estudantes

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Estudantes de toda a região puderam ficar a par da oferta formativa

Ao longo de três dias mais de um milhar de jovens da região tiveram a possibilidade de conhecer a oferta formativa existente, mas também tirar dúvidas e definir o caminho a seguir em termos formativos e profissionais

O caldense Afonso Melo tem 15 anos e é estudante da D. João II. Encontramo-lo na Feira do Ensino e Formação da Gazeta das Caldas, que decorreu entre 11 e 13 de maio na garagem do Montepio Rainha D. Leonor. Atualmente no 9º ano, este jovem prepara-se para um momento de definição e, no seu caso, até já tem o caminho traçado. “Já tenho a ideia de ir para o Exército desde o ano passado, porque desde pequeno que sempre gostei de tudo relacionado com a tropa, das missões que fazem e assim, além disso, o meu pai foi paraquedista e sempre me mostrou como era a vida militar, portanto, eu desde criança que brinco com coisas da tropa”, realça. “Este evento foi importante porque consegui perceber mais coisas sobre o meu curso e o caminho para o que quero fazer mais tarde”. Portanto, depois de falar com os militares presentes no evento, Afonso não tem dúvidas. “O caminho é acabar o 12º ano com as melhores notas que conseguir para depois ir para o Exército e ficar lá pelo menos dez anos, para depois abrir a minha empresa de mecânica e talvez ir para fora do país”.
Apesar de já saber o caminho que quer traçar, Afonso reconhece “este evento ajudou bastante” e realça que descobriu “muito mais coisas do que estava à espera”.
Susana Maçãs, que é professora na D. João II, elogiou a iniciativa. “Está muito bem organizada, tem a oferta formativa da região e vem responder a algumas das dúvidas que os jovens tinham e que têm vindo a colocar neste momento de fazer escolhas para o futuro”, explicou, acrescentando que “veio no momento certo, para ajudar os estudantes a abrir horizontes, a conhecer novas propostas”. A docente frisa ainda a importância desta iniciativa, por exemplo, para jovens estrangeiros que vivem em Portugal há pouco tempo e que procuram um caminho.

Durante três dias, na garagem do Montepio cada escola ou agrupamento de escolas demonstrava o que de melhor faz. A Escola Técnica Empresarial do Oeste, por exemplo, trazia uma bancada de massagens e um estúdio de fotografia, entre outros, a Escola Profissional da Nazaré tinha uma cozinha, tal como a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste e o Agrupamento Josefa de Óbidos, que também tinha uma zona onde os alunos montavam computadores. A Escola Profissional Agrícola e de Desenvolvimento Rural de Cister apresentava uma experiência sensorial em que os participantes eram convidados a adivinhar que plantas aromáticas estavam em cada caixa, recebendo, no final, uma planta como prémio. O Cenfim dava a conhecer o trabalho com as impressoras 3D e de soldadura e os alunos do Colégio Rainha D. Leonor apresentavam as danças e um cesto de basquetebol.
As experiências de realidade virtual também existiam em vários stands e a entrega de informação e de brindes é algo comum à maioria dos expositores. Lápis, canetas, blocos, porta-chaves, são exemplos. Em termos de ensino superior, não faltaram os Politécnicos de Leiria e de Santarém e o ISDOM (Instituto Superior D. Dinis). Presente esteve também o Agrupamento de Escolas Bordalo Pinheiro, mas não só as escolas participaram. O Gabinete da Juventude do município das Caldas e o projeto Rap na Escola também aproveitaram para se darem a conhecer e o Montepio e a Miniclip deram a conhecer as oportunidades relacionadas com a sua atividade. Numa feira que pretende ser um momento de definição para os jovens, as forças militares e policiais marcaram presença com stands para esclarecer os estudantes. A GNR, a PSP, a Força Aérea e o Exército davam a conhecer o seu trabalho, as regalias e os passos a dar.
Num evento destinado aos estudantes, a abertura da feira ficou a cargo da Toma Lá Tuna, a tuna mista da ESAD. Na manhã de sábado realizou-se um espetáculo de dança com o grupo de Hip-Hop d’Os Pimpões.
Fernando Xavier, presidente da Cooperativa Editorial Caldense, que detém a Gazeta das Caldas, agradeceu aos parceiros e aos colaboradores deste evento que, garantiu, se repetirá anualmente. “Sabíamos que ia ser trabalhoso e arriscado, por ser o primeiro”, admitiu, referindo que “superou as expetativas” tanto a nível de participantes como de visitantes. Para o ano o objetivo é alargar a oferta e ter mais animação, provavelmente numa nova localização.
Joaquim Beato, vice-presidente da autarquia, presente na inauguração, mostrou-se surpreendido com a quantidade de jovens na abertura do evento e descreveu esta ideia como “muito atrativa e muito boa”, mas também “louvável”. O autarca realça que “todo o investimento em educação é pouco”, deixando a garantia de que irão apoiar novas realizações. “Parabéns à Gazeta”, disse. Já o presidente da Câmara, Vítor Marques, e a vereadora responsável pelo pelouro da Educação, Conceição Henriques, visitaram o evento no último dia. O edil enalteceu a iniciativa, enquanto a vereadora a descreveu como “muito interessante”. Destacando a existência de uma comunidade educativa bastante alargada, defende que “Caldas tem uma dimensão adequada para a realização deste tipo de iniciativas”. A autarca considerou que “foi uma excelente iniciativa à qual nos assocámos com bastante satisfação”. Conceição Henriques considera também que existe potencial para alargar o evento. ■