DORLEI/PCP

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A Linha do Oeste tem de ser um facto de desenvolvimento económico e social regional

O anunciado plano de investimento para a modernização da Linha do Oeste, que o Governo apresentou recentemente, fica muito aquém do exigido para que este troço ferroviário seja um factor de desenvolvimento económico e social da Região, já que é parcial e não releva a vertente do transporte de passageiros.
A modernização anunciada, abrangerá somente o troço ferroviário entre Meleças e Caldas da Rainha, com a sua electrificação e intervenção nos sistemas de sinalização e telecomunicações e a criação de desvios activos e pontos de cruzamento para comboios de 750m.
Contudo, fica de fora – o que não é razoável! – o troço entre as Caldas da Rainha e o Louriçal, bem como a ligação à Figueira da Foz, o que por certo porá em causa os potenciais efeitos positivos do investimento na modernização da Linha do Oeste, já que irão subsistir os problemas operacionais no transporte de passageiros.
São conhecidos os graves condicionalismos da CP, quanto ao parque de composições a diesel para transportes de passageiros, facto que não será atenuado com o investimento apenas parcial na electrificação da Linha, impondo a sua utilização para a ligação para norte das Caldas da Rainha. Com isto, manter-se-à a já hoje obrigatória, mas mudança de composição
Esta electrificação parcial obrigará à manutenção da já hoje despropositada mudança de comboio nas Caldas da Rainha, quando todo o percurso poderia ser feito de uma só vez, reduzindo o tempo de percurso e aumentando a comodidade das viagens.
A isto, acresce o facto de não estar previsto um único euro de investimento na modernização das estações e apeadeiros, dando-lhes maior comodidade e operacionalidade, o que revela não ter o Governo como prioridade o transporte de passageiros.
Mesmo para o transporte de mercadorias, os custos financeiros e ambientais poderiam ser reduzidos com a electrificação da totalidade da Linha do Oeste, já que poderiam ser dispensadas as composições a diesel.
A Direcção de Organização Regional de Leiria (DORLEI), do Partido Comunista Português, reitera a necessidade de ser concretizada a modernização da totalidade da Linha do Oeste, porque só assim poderão ser aproveitadas todas as suas potencialidades enquanto linha que simultaneamente apresenta características inter-regionais, regionais e sub-urbanas.
Deste modo, exige-se a revisão do plano de investimento apresentado, para que o mesmo incida sobre a totalidade do troço ferroviário entre Meleças e Louriçal, mais a ligação à Figueira da Foz, garantindo deste modo que a Linha do Oeste contribua para o desenvolvimento económico e social da Região do Oeste e de Leiria, com ligação às regiões de Coimbra e de Lisboa.

Março/2015
A Organização Regional de Leiria do PCP