O tema do termalismo em Caldas da Rainha é para o Partido Socialista um assunto por demais importante para ser imiscuído na lúgubre intriga com que alguns insistem pintar o quadro da vida pública do concelho.
Sendo o desenvolvimento do projecto termal, reconhecido como um eixo estratégico prioritário da acção política local, não só do PS, como das restantes forças políticas, incluindo o próprio PSD, não se compreende a histriónica atitude da maioria instalada à proposta de criação de uma comissão de acompanhamento do Hospital Termal, proposta essa subscrita por toda a oposição.
A necessidade da criação deste mecanismo está sobejamente justificada pela importância que o desenvolvimento do termalismo tem para o nosso concelho. Desde logo a prudência, a boa governança e o respeito democrático, impõem que esta matéria seja tratada para além do executivo municipal e obriga a que o seu acompanhamento seja feito pelo órgão mais representativo do nosso concelho: a Assembleia Municipal onde todas as forças políticas estão representadas.
Acresce ainda, que a delicadeza e importância das negociações que o município anuncia estarem a ser levadas a cabo e o facto do resultado destas se repercutirem muito para além daquilo que é o ciclo político dos órgãos municipais, mais avisado se torna, o envolvimento do todas as forças políticas do concelho no acompanhamento destas matérias.
Há quem confunda estes imperativos éticos com “manha”, nós no PS/Caldas chamos-lhe direito à opinião e democracia!
Depois da maioria instalada ter chumbado a criação deste mecanismo e depois de todas as forças políticas da oposição terem a isso legitimamente reagido em conferência de imprensa, veio a acusação demagógica e populista “das comissões e comissõezinhas” e a insinuação, essa sim “manhosa”, de que o que estaria por detrás de toda a proposta era “o único preceito de duplicar a despesa daquelas comissões” quando é público e sabido que os proponentes da Comissão de Acompanhamento declararam desde logo que abdicavam do valor da senha de presença. E depois de tudo isto, mais isto: afinal havia mesmo uma “comissão de acompanhamento do hospital termal” já criada há mais de um ano, com este mesmo nome, na Assembleia Municipal, por proposta do MVC e que afinal até já vai reunir no decorrer desta semana. Porque não reuniu antes? Bem, essa pergunta terá que ser feita a quem tem por obrigação o regular funcionamento da Assembleia Municipal.
Para concluir impõe-se dizer o seguinte:
Os deputados da Assembleia Municipal representam e têm como uma das suas competências acompanhar e fiscalizar a atividade do executivo municipal. Quando propõem mecanismos que permitam exercer com eficácia as suas competências e atribuições, mais não estar a fazer do que cumprir com rigor as funções para as quais foram eleitos. A maioria instalada convive mal com a oposição. Pela nossa parte, podem os caldenses ter como garantido: os eleitos do PS/Caldas estarão sempre à altura das funções para as quais foram eleitos e não deixarão nunca de defender os interesses de toda a população, que representam.
A Concelhia do PS/Caldas