A Agricultura Sustentável e de Excelência

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José Luiz de Almeida Silva
Há poucas semanas dedicámos a edição às empresas de excelência, caracterizando favoravelmente a região Oeste nesta área económica, apesar de todas as contrariedades com que as empresas se debatem no nosso país.
Com esta edição publicamos uma revista dedicada à agricultura, às novas formas de produção mais inovadores e sustentáveis, em que para se caminha também para a necessária excelência, combinando-a com a rentabilidade global que garanta os rendimentos para os seus operadores equivalentes com os restantes setores da sociedade. Ainda juntamos nesta edição uma atenção especial à pesca e à venda de pescado, cuja importância em termos de sustentabilidade e de gestão de recursos endógenos não deve ser esquecida.
Há produtos agrícolas tradicionais em cada região que dificilmente serão competitivos com os mesmos produtos de outras regiões no mundo, que apresentam características de eficiência maiores numa visão global. E se não quiserem especializar totalmente as economias agrícolas, os Estados terão de conceber modelos de financiamento que evitem o abandono das culturas menos eficientes, mas gozando de características distintivas, para as proteger e evitar o seu abandono, apenas por razões economicistas.
Temos consciência que estamos a tocar num ponto sensível, que é fácil equacionar em termos teóricos mas muito difícil de concretizar em termos práticos, mas em que se deve exigir uma visão sistémica. Veja-se o que está a ocorrer em França e que pôs o país a ferro e fogo com a luta dos agricultores nacionais.
Contudo, só observando estas questões, será possível garantir as qualidades intrínsecas de cada território e evitar o seu despovoamento e a sua desertificação, com os danos para a sustentabilidade e excelência exigível nos tempos atuais. ■
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