A Ortopedia no Centro Hospitalar

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É com muita indignação que venho por este meio reclamar. Estou à espera da minha cirurgia e estou impossibilitado de trabalhar e não é com 303,25 euros que consigo viver de forma digna e honesta. Tenho 71 anos e desconto para a Segurança Social desde os 14. Preciso de trabalhar.
Em 13-09-2012 foi pedida uma consulta de Ortopedia pelo meu médico de família, Dr. Nazaré Santos, da USF S. Maria, na Bendita, com o nº 5822422 para o CHON Caldas da Rainha.
Depois de vários meses à espera, obtendo sempre a mesma resposta – “está em triagem” – e o meu estado de saúde se ter agravado ao ponto de começar a ficar deformado fisicamente devido às lesões, em 24-09-2013 disseram-me que o pedido de consulta tinha sido devolvido por insuficiente informação clínica. Isto 375 dias depois, sendo a média de espera de 240 dias, que consta em base de dado no sistema informático do Hospital de Caldas da Rainha.
Fiquei incrédulo! Dirigi-me ao director de Ortopedia para pedir explicação do que se estava a passar e qual o meu espanto quando o Dr. Ismael Trindade me diz que o tempo médio de espera era de dois anos, que os 240 dias não correspondiam à realidade e que as decisões eram tomadas em Torres Vedras pelo Dr. José Mateus, director de Ortopedia. Falei com ele no mesmo dia pelo telefone e manifestei a minha preocupação com o que estava a acontecer.
A 15-10-2013 recebi a marcação da consulta, que viria a ter lugar a 11-11-2013 com a Dra. Conceição Albuquerque. Fiz análises a 02-12-2013, fiz consulta de Anestesia a 10-02-2014 e nova consulta de Ortopedia em 28-03-2014.
Será que a minha cirurgia vai ser marcada pelo médico de medicina legal para a especialidade de Necropsia?

António do Couto Jorge

NR – Contactado o CHO, recebemos do Conselho de Administração a resposta abaixo.

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) recebeu a exposição que aborda o assunto que refere, apresentada pelo próprio utente no Gabinete do Cidadão da Unidade de Caldas da Rainha.
A exposição vai ter o tratamento habitual, com revisão do processo clínico para determinação e identificação dos factos ocorridos. Após concluído este processo, e de modo a respeitar o direito à confidencialidade do utente, este receberá uma resposta esclarecedora.
Todas as exposições feitas ao CHO constituem um contributo para a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos utentes, através da correção das deficiências, do aproveitamento das sugestões e/ou do incentivo dos elogios. Neste sentido, informamos que a comunicação de reclamações, sugestões e/ou elogios pode ser feita através do Gabinete do Cidadão ou num dos livros de reclamações do CHO e que, em todos os casos, é feita uma análise individual com esclarecimentos dos factos expostos e resposta personalizada a cada um.