A semana do Zé Povinho

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A humildade de Fernando Santos em relação aos amigos e à terra que o viu crescer emocionou Zé Povinho. Não é de agora que o seleccionador nacional de futebol se refere com carinho às Gaeiras e suas gentes, mas na cerimónia do feriado municipal de Óbidos, onde foi homenageado com a medalha de mérito, essa emoção ficou bem patente para toda a comunicação social que divulgou a distinção. O treinador que levou a Seleção Nacional a ser campeão da Europa em 2016 e da Liga Europeia das Nações em 2019 é o cidadão que não falha uma festa das Gaeiras e, a cada 8 de Setembro, participa na procissão da Nossa Senhora da Ajuda.
Na sessão, Fernando Santos recordou os momentos passados neste lugar, referiu-se aos amigos pelo nome e, no fim, disse que poderiam continuar a contar com ele. Estes retribuíram-lhe o afecto, com uma carta onde recordaram 59 anos de vivência em comum.
Natural de Lisboa, Fernando Santos começou a passar férias nas Gaeiras com seis anos e sente-se sempre um de cá. “Se hoje me perguntarem de onde é que sou, eu diria que sou das Gaeiras”, disse na cerimónia.
Zé Povinho expressa os seus parabéns ao seleccionador nacional pela distinção atribuída por Óbidos, e faz votos para que possa repetir a proeza europeia no futebol deste ano e depois regresse, campeão, à festa da sua terra para comemorar.

Muito se tem falado sobre as eleições directas para a liderança do PSD e muito se vai continuar a falar nos próximos dias. Ou anos. Porque o partido está dividido como nunca e não há vencedores deste processo eleitoral interno. Nem Rui Rio, que venceu as eleições, mas perdeu votos relativamente ao acto eleitoral interno anterior, nem Luís Montenegro, que esteve tanto tempo na oposição e o melhor que conseguiu foi levar a decisão para a segunda volta, nem Miguel Pinto Luz, que foi a votos, acredita Zé Povinho, apenas para marcar posição.
Mas as eleições directas no PSD também foram uma derrota para vários destacados dirigentes sociais-democratas da nossa região, nomeadamente alguns presidentes de Câmara, que se empenharam pessoalmente no processo eleitoral. Humberto Marques (Óbidos) sofreu uma derrota considerável, dado que o apoio que manifestou a Miguel Pinto Luz apenas “valeu” 5 votos na Concelhia… Para Tinta Ferreira (Caldas da Rainha), a vitória expressiva de Luís Montenegro no concelho pode dar algum alento, mas, no final do dia, o autarca acabou por apoiar um candidato derrotado… E até para Paulo Inácio (Alcobaça) a coisa não correu propriamente bem. Depois de ter apoiado Pedro Santana Lopes nas anteriores eleições internas, o autarca decidiu formalizar o apoio a Rui Rio, mas a vitória na Concelhia recaiu em Luís Montenegro…
Zé Povinho sabe que, em política, quase nunca os candidatos assumem derrotas. Mas, neste caso concreto, há uma coisa que parece inevitável: qualquer que seja o resultado da segunda volta nas directas do PSD, agendadas para amanhã, ninguém poderá cantar vitória. A não ser, talvez, António Costa, que deve esfregar as mãos de contente. Afinal, com uma oposição assim, quem é que precisa de adversários políticos?

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