Caldas e o turismo

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O crescimento do turismo em Portugal tem sido impressionante e a região Oeste, que é um destino turístico por excelência, tem visto este sector a crescer exponencialmente.
Esta subida, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística relativos a 2016, não tem sido apenas em numero de dormidas (mais de um milhão de dormidas em 2016 um crescimento de 11% face a 2015), mas também em proveitos (mais 18,2% que em 2015) o que constitui um sinal positivo para o futuro.
Não podendo competir de igual para igual com outras regiões em termos de sol e praia graças ao famoso micro-clima local, o Oeste tem outros trun-fos que tem sabido utilizar bem como a seu património histórico, a paisa-gem a gastronomia o artesanato etc.
Caldas da Rainha foi o Concelho da região que mais cresceu em termos de dormidas e proveitos, mas ainda não consegue chegar top 3 em mui-tos indicadores. No indicador importante de proveitos com as dormidas está em quinto lugar o que significa que existe muito trabalho a fazer para conseguir que quem nos visita gaste mais.
Os novos projectos hoteleiros que se anunciam e a possível reabertura das termas podem vir a ter um impacte muito positivo nos números do tu-rismo no Concelho.
A reabertura das Termas poderá trazer mais investimento e relançar a marca das Caldas como cidade termal tal como é referido no Plano Estra-tégico para a cidade aprovado em 2017.
A existência de um hotel ligado a actividade termal é uma lacuna que há muito deveria ter sido resolvido.
O facto de o Hotel a ser construído também restaurar os pavilhões do par-que constitui um 2 em 1 que deveria ser um factor de celebração. Os pavi-lhões são um ex libris da cidade mas há muito que representam uma ima-gem de degradação para além do risco de desabamento à semelhança do que aconteceu com o cinema Ibéria.
Alguns aspectos do projecto podem ser discutíveis mas pôr em causa o projecto parece roçar a demagogia.
Qual é a alternativa? Deixar os pavilhões desabar? Reconstruir os pavi-lhões com o dinheiro dos contribuintes e depois fazer o quê com os pavi-lhões?

Seria interessante que o projecto do hotel pudesse incluir uma área desti-nada a funcionar como outlet de algumas marcas de referência da região.
O Grupo Visabeira responsável pelo projecto já dispõe da marca Bordallo Pinheiro e poderia também incluir outras marcas que fazem parte do Gru-po como a Vista Alegre e a Cristais Atlantis. Outras marcas importantes da região na área da cerâmica ou porcelana como a Spal, empresas de cute-laria e de calçado da Benedita ou cristais da Marinha Grande podiam também estar representadas. A localização deste outlet no Parque seria outro factor de atração para turistas.
O outlet funcionaria como um complemento ao Hotel e uma mais valia não só para as Caldas mas igualmente para toda a região.
Esta ideia não é original. Em Mettlach uma pequena vila na Alemanha, com base na fábrica de porcelana da Villeroy and Boch foi criado um pe-queno outlet de produtos cerâmicos, artigos para cozinha, têxteis e sapa-tos que atrai anualmente milhares de turistas de vários países a esta loca-lidade. (www.mettlachoutletcenter.de).

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