CATÓLICOS do OESTE – “… a fé sem obras é morta” (2)

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Gazeta das Caldas
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|D.R.

No último artigo aqui publicado nesta coluna lembrávamos quantos de nós não vivemos mecanizados na correria do dia-a-dia, esquecendo que devemos participar e demonstrar a nossa vida animada pelo Evangelho.
Na verdade, somos a favor da vida e vida centrada no bem comum, que levará cada um a desinstalar-se para ir ao encontro dos mais fragilizados. Procuramos, assim, dignificar o dom da vida em todas as suas etapas, nomeadamente junto daqueles que já não têm forças para caminhar.

Há dias, o Sr. Cardeal Patriarca Dom Manuel Clemente fez um apelo forte e comprometido a que cada um tome parte ativa lembrando que “a vida é: um caminho da concepção à morte natural e tem de ser acompanhada em todas as suas etapas, mas acompanhada verdadeiramente pela convicção, pela acção e pela solidariedade de nós todos”. E adianta que este “não é um caminho que se faça sozinho, é um caminho que se faz com todas as pessoas que já estão aí diariamente na frente da luta pela vida, acompanhando as situações difíceis, prevenindo essas mesmas dificuldades, não deixando ninguém sozinho e sendo para toda a sociedade portuguesa um grande estímulo no caminho da vida”.
Aqui nas Caldas da Rainha temos vários exemplos de “gente de boa vontade” que se empenha em levar conforto aos mais desfavorecidos: os diversos Centros de Apoio à terceira idade, a Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, os visitadores da Cadeia, o apoio aos sem-abrigo, bem como muitas outras iniciativas no âmbito do humanismo cristão. E todos os envolvidos nesta corrente de dignidade e esperança assentam nas palavras de Jesus conforme Mateus 25, 40 “tudo o que fizestes a um desses pequeninos é a Mim (Jesus) que o fizestes”. Estas palavras confirmam que a caridade é o que há de mais importante. Com efeito ela é a essência do Evangelho.
É, também, neste âmbito que somos exortados a sair pelo Papa Francisco. Há um insistente apelo a que o Povo de Deus vá às periferias, entendendo-se por isto todos os que não conhecem Deus, todos os que precisam de mão amiga. Há uma necessidade que tem de nascer em cada um de nós: chegar aos outros. Esta necessidade de ir ao encontro dos outros envolve realidades tão complexas (estrutura das próprias comunidades, a sua dimensão, o nível dos recursos humanos, etc), que não haverá um único modelo mas alguns modelos que se ajustarão a essas realidades. Na nossa comunidade já muitos o fazem, juntemo-nos e apoiemos, respondendo SIM ao apelo do Papa Francisco. Vamos dar corpo às nossas iniciativas – viver a fé com obras – e replicar aqui o que de melhor já se faz em muitas outras paróquias.
O nosso objetivo maior tem de ser a dignidade humana em todas as fases da vida.

Marta e Miguel Xavier
Pastoral Juvenil

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