A Greve Climática Estudantil das Caldas surge inserida na Greve Climática Estudantil de âmbito nacional e enquadra-se no movimento Fridays For Future, organizado internacionalmente.
Somos ativistas com vontade de descentralizar a luta política e de traduzir as reivindicações concretas da luta climática nas localidades onde vivemos, onde crescemos.
Somos jovens e estamos zangados, tendo a plena noção que a insatisfação advém de estarmos precisamente conscientes do panorama que enfrentamos.
Enfrentamos um futuro precário e incerto, impulsionado pela passagem de uma década de desproteção laboral e desinvestimento social e económico. Esta é a normalidade, as condições nas quais, mais coisa menos coisa, teremos de viver. Mas o contexto agravou-se:
A ciência diz-nos que temos até 2030 para cortar 50% das emissões de Gases com Efeito de Estufa
Vivemos um cenário no qual as alterações climáticas, sem serem combatidas, exponenciam todo o tipo de desigualdades, discriminações e vulnerabilidades que conhecemos.
Pela sobrevivência da humanidade, pela garantia de um futuro digno, a Greve das Caldas considera o combate às alterações climáticas a luta Central e urgente do nosso tempo.
A ciência diz-nos que temos até 2030 para cortar 50% das emissões de Gases com Efeito de Estufa globalmente, se queremos evitar a irreversibilidade de mudanças catastróficas.
Por esta razão trazemos a luta à cidade. A população precisa de respostas que se alinham com a resolução efetiva e das alterações climáticas.
Principalmente, exigimos a requalificação da Linha do Oeste, sem mais atrasos, sem mais promessas vazias. O direito à mobilidade regional não nos pode mais ser negado. Precisamos de uma resposta sustentável às necessidades da população.
Aqui estaremos, para nos batermos pelo direito à mobilidade, ao trabalho digno e verde, e à resposta imediata e firme à crise climática e social. ■
Andreia Galvão e Gil Ubaldo