Caros leitores:
Este artigo não vos trará seguramente nada de novo, até porque à data da sua publicação muita informação poderá já não ser atual.
Não posso, no entanto, deixar de abordar o tema como cidadã e como profissional.
Do ponto de vista científico muito se saberá já, mas muito faltará ainda conhecer. Uma coisa é certa: constitui uma terrível ameaça pela sua enorme transmissibilidade, pelo número de infetados que tem provocado no mundo, independentemente da variável taxa de mortalidade que se tem registado em cada país…
Considerações etiológicas e epidemiológicas, diagnóstico, atitudes terapêuticas serão de particular interesse para a comunidade científica e dos seus estudos outros virão a beneficiar num futuro, que esperamos próximo.
Até lá caber-nos-á, enquanto cidadãos, minorar a sua disseminação e propagação.
E é sobre isto que vos escrevo. Apesar de toda a informação difundida pelos meios de comunicação social e dos números mais ou menos alarmantes que diariamente são divulgados não será demais continuar a refletir.
Que todos, cada um por si e pensando no bem comum, acatemos todas as indicações dadas pelas instituições próprias, que saibamos unir esforços para travar esta difícil batalha.
Respeitemos as indicações de isolamento social, as regras de etiqueta respiratória e de higienização das mãos, libertemos os serviços de saúde para a resposta às situações mais graves e para as quais a nossa capacidade será seguramente limitada.
Quero pois, reiterar alguns conselhos:
– ficar em casa (alguns não o poderão fazer) ou restringir ao mínimo as saídas,
– manter distanciamento social,
– lavar frequentemente as mãos e as superfícies,
– tossir ou espirrar para o cotovelo ou para um lenço que de imediato se lança no lixo,
são medidas que farão a diferença nos números de infetados e ajudarão a travar a cadeia de transmissão.
– aos que eventualmente já se encontram infetados e que apresentam sintomas ligeiros, a quem tenha sido recomendado pelas instituições de saúde a “quarentena”, respeitem todas as indicações que lhe forem dadas, protegendo os vossos familiares e amigos.
E, por favor, utilizem os meios de aconselhamento disponíveis, recorram aos serviços de urgência apenas nas situações de notória gravidade ou agravamento dos sintomas e nunca no intuito, de apesar de parcos sintomas, tentar fazer um teste de rastreio.
Malgrado todas as consequências económicas e sociais que estas atitudes mais ou menos impostas venham a provocar nas nossas comunidades e no país, é forçoso recordo, que unamos esforços, desempenhando cada um o nosso melhor papel nesta luta…
“Gostei” de ver nos últimos dias, a cidade tão vazia…
Cristina Teotónio