A maior parte dos municípios portugueses privilegia também iluminações baseadas em lâmpadas LED (iniciais de diodo emissor de luz em inglês), mais económicas em termos de consumo energético e, portanto, mais amigas do ambiente e da factura. Todos os municípios esperam um retorno económico positivo relativamente aos investimentos feitos nas iluminações da quadra natalícia. Embora este retorno seja muitas vezes difícil de medir com rigor.
Nas Caldas da Rainha, onde vivo e trabalho, a iluminação e a animação de Natal também viram o seu investimento aumentado para 210 mil euros, 96 mil dos quais financiados pela autarquia (76 mil euros para a árvore de Natal e iluminação da cidade e 20 mil para a animação) e o restante pela Associação Comercial de Caldas da Rainha e Óbidos (ACCRO, entidade promotora) e patrocinadores, através do acesso a fundos comunitários. A árvore de Natal das Caldas da Rainha, com 41 metros de altura, é alegadamente a maior árvore de Natal de Portugal, atraindo muitos curiosos e visitantes entusiasmados com a possibilidade de a fotografarem ou de se auto-fotografarem junto a ela. O êxito está garantido mas, tal como na canção brasileira de Martinho da Vila, tudo irá acabar numa sexta-feira de 6 de janeiro de 2017. Depois voltaremos a habitar num concelho e cidade que, na verdade, está muito mal iluminado durante os restantes dez meses do ano. A iluminação pública é um elemento muito importante da paisagem e do ambiente urbano, contribuindo decisivamente para a segurança pública de pessoas e bens. O investimento numa iluminação pública tecnologicamente eficiente e com um projecto adequado permite poupanças em consumos energéticos de 70% ao ano, proporcionando um retorno do investimento em poucos anos e uma melhoria significativa do ambiente urbano. Por isso impôe-se que os cidadãos das Caldas da Rainha façam as seguintes perguntas à maioria PSD instalada na Câmara e Assembleia Municipal:
1. Para quando se prevê a implementação de um projecto urbano global de iluminação pública municipal tecnologicamente avançada, baseado no uso de lâmpadas LED, que tenha como objectivo não só a segurança de pessoas e bens como também a valorização do espaço público, da arquitectura e da paisagem?
2. Para quando a iluminação adequada e eficiente de todas as estradas municipais, nomeadamente nos cruzamentos?
3. Para quando se prevê a implementação de um projecto específico de iluminação pública do Parque D. Carlos I e Mata Rainha Dona Leonor, valorizando a biodiversidade e o notável património paisagístico?