José Luiz Almeida e Silva
Escrever no 15 de Maio para não acrescentar trivialidades, obriga-nos a interrogar sobre, por exemplo, duas ideias força para a cidade e concelho das Caldas da Rainha.
Nos últimos anos vem-se observando a tendência de existir um turismo residencial, de origem nacional e estrangeira, de permanência mais prolongada, que é muito diferente do turismo de “sol e praia”. Nota-se, por isso, haver um mercado, com tendência crescente, para alimentar esta procura com uma oferta mais qualificada, incluindo das habitações rurais, muitas em quase ruína, por desleixo ou por ausência de herdeiros preocupados com esse património.
Os responsáveis autárquicos deviam dar atenção a este mercado, potencialmente favorável, mesmo em termos de emprego qualificado e de criação de valor, se para tal houvesse massa crítica local.
Coincidente com esta tendência, observa-se um progressivo esvaziamento (com exceção de certos dias) de uma das principais atrações da cidade – a Praça da Fruta – cuja imagem que ainda dispõe a nível nacional, dado que é único ao ar livre, se se souber diversificar, criar novas ofertas e organizar a logística que o torne mais eficiente e cómodo, para os compradores como para os vendedores,
Já muitas sugestões e propostas foram feitas. Hoje acrescento uma: em vez de serem colocados os sempre adiados parquímetros com taxas progressivas, por que não colocar parquímetros gratuitos limitando o estacionamento durante as horas do mercado para períodos curtos. Resolviam racionalmente o problema do acesso ao mercado dos clientes aumentando a procura durante toda a semana. Este modelo já foi experimentado nalguns locais com êxito. Eventualmente, nos restantes períodos do dia os parquímetros poderiam servir para angariar receitas. ■