Após leitura da entrevista de Pedro Antunes a mim, Maria de Fátima Santos, e à responsável do Centro de Emprego, Célia Roque, venho comunicar que a nossa empresa sempre expôs os resultados das entrevistas de emprego de forma clara, preenchendo a tabela facultada pela mesma instituição, que menciona os nomes e o motivo pelo qual foram ou não aceites. Não foram 30 pessoas convocadas como referiu Célia Roque na edição da passada sexta-feira, 10/09/2010, pág.27, mas sim 39.
Temos em nossa posse o resultado final desses 39 indivíduos listados pelo Centro de Emprego, dos quais 26 não se apresentaram, quatro recusaram devido a formações, um recusou porque só quer part-time, um recusou porque precisava de férias, três recusaram porque não tinham horário compatível, três recusaram por “motivo de doença” e apenas um indivíduo deu entrada na empresa, trabalhando por 12 dias (saindo por motivos pessoais).
Todos estes factos correspondem a dados concretos e preocupantes pois o povo não procura trabalho, nem tão pouco um emprego. Como cidadã, fico estupefacta com o sentido de sacrifício no “deixa andar” português, como se isso os conduzisse a uma vida melhor (com objectivos). Mas que futura geração se seguirá? Que percentagem de população quer afinal trabalhar? Para podermos empregar sete pessoas, quantas pessoas serão necessárias o Centro de Emprego convocar?
Maria de Fátima Santos