Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro

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Foi com surpresa e desagrado que li na página 17 do último número da Gazeta das Caldas uma notícia de página inteira, completamente  errada, com o título “Nome de Rafael Bordalo Pinheiro desaparece no novo Agrupamento de Santa Catarina”.
Errada porque o novo Agrupamento de Escolas  constituído no Concelho não é um “novo Agrupamento de Santa Catarina” e a denominação do mesmo é “Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro”.
Aparentemente por lapso, a portaria que regula os concursos de professores designou o Agrupamento como sendo de Santa Catarina. A portaria saiu a  19 de Abril (sexta-feira).
A portaria que regula os concursos de professores não é o instrumento normativo que  designa a denominação dos Agrupamentos.
Sem confirmar junto do Ministério da Educação, e apressadamente, o jornal começou a questionar a comunidade educativa acerca do desaparecimento do nome de Bordalo Pinheiro do novo Agrupamento, como se fosse um facto consumado.

Perante isto a comunidade educativa, partindo de pressupostos errados, proferiu declarações e até (pasme-se) iniciou uma petição pública!
No dia 22 de Abril, (segunda-feira) fui confrontado de manhã com um telefonema da jornalista sobre este assunto e naturalmente respondi que não sabia de nada. Se estava acordado na reunião entre os directores dos Agrupamentos e o Ministério de Educação que a denominação do Agrupamento era Rafael Bordalo Pinheiro, não podia conhecer outra coisa.
Durante a tarde informei-me e obtive a confirmação de que  a situação iria ser corrigida o mais rapidamente possível.
À tarde a jornalista voltou a telefonar–me  e aí garanti que se tratava de um engano, que “não pode ser de outra maneira” e acrescentei que havia um despacho da tutela  de que o novo Agrupamento tem, como sempre teve, o nome de Rafael Bordalo Pinheiro.
No dia 23 (terça-feira) fui informado pelo Director, Professor António Veiga, de que o erro, no programa dos concursos, já tinha  sido, naturalmente, corrigido.
Fui informado ainda, que no decorrer da semana, tomou posse a nova Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, presidida pelo Professor António Veiga e com elementos da Escola Secundária com o mesmo nome e do antigo Agrupamento de Santa Catarina.
Assim, se confirma que houve alguma precipitação da Gazeta ao publicar  uma  notícia que no dia da sua  publicação já não era notícia.
Salvo melhor opinião, seria mais prudente só publicar a noticia após obtenção de confirmação na fonte, ou seja, junto do Ministério da Educação.
Por outro lado o Ministério da Educação não deveria cometer erros desta natureza.
A Comunidade Educativa ficou alarmada desnecessariamente. Esse tipo de alarmismo só prejudicam a estabilidade das Escolas e dos r espectivos alunos.
Ou será que a publicação da notícia tinha também outros objectivos políticos, que podemos continuar a esperar nos próximos meses?
Ou seja, promove-se uma notícia que não é notícia e depois faz-se uma apreciação negativa que, mesmo sem fundamento, fica na memória colectiva.
Faz parte da actividade politica, poder ser sujeito a uma apreciação negativa.
No entanto, quando a mesma não tem fundamento deve existir o direito a resposta e esclarecimento.
Solicito assim que a Gazeta das Caldas reponha a verdade com o mesmo destaque com que publicou a notícia.
Fernando Manuel Tinta Ferreira
Vice-presidente da Câmara das Caldas da Rainha

NR – Estranha-se que o vereador Tinta Ferreira depreenda que Gazeta das Caldas não confirmou os factos – verdadeiros à data da feitura da notícia na segunda-feira porque o jornal fechou a edição mais cedo por causa do feriado – junto do Ministério da Educação. De resto, esta entidade, contactada pelo nosso jornal nunca esclareceu se se tratara de um engano ou se o nome do agrupamento era mesmo Santa Catarina.

A correcção do lapso (e talvez nunca se saiba se foi apenas um erro inocente…) por parte do Ministério da Educação foi feita após o fecho da nossa edição e só depois do contacto da jornalista e das movimentações que emergiram da sociedade civil (e não apenas da comunidade educativa) em relação à momentânea perda do nome de Rafael Bordalo Pinheiro.

O que estava em causa não era um problema de escolas e professores, mas sim algo que mexeu com a própria cidade. Gazeta das Caldas cumpriu o seu dever de noticiar.