Utiliza o município de Cascais como aposta de marketing cultural a denominação de “bairro cultural” para definir a oferta que apresenta aos visitantes nacionais e estrangeiros, na zona central e antiga da vila, em que há uma grande presença de espaços culturais.
Provavelmente Caldas da Rainha deveria também encontrar como aposta dinamizadora para os espaços existentes na cidade, que naturalmente não se situam apenas no centro histórico, por exemplo, uma denominação de marketing cultural como “rota cultural caldense”, ou qualquer outra alternativa mais apelativa.
Nela podia incluir o percurso bordaliano, como o do Mestre Ferreira da Silva, as fachadas azulejares, a mais de uma dezena de museus caldenses, a praça da fruta, o parque e a mata, as lojas tradicionais, com especial relevo para as de cerâmica, no centro comercial ao ar livre, etc.
Anuncia-se um novo espaço para um centro interpretativo da revolta do 16 de março, mas não se devia esquecer um outro ligado aos refugiados que ao longo do séc. XX, em vários momentos, vieram para as Caldas da Rainha e para a Foz do Arelho. Neste caso, há uma procura do turismo internacional muito forte e trata-se de uma marca fundamental solidária nos tempos que correm, com os infelizmente intermináveis conflitos, que se repetem por todo o mundo.
Seria uma boa missão e objetivo para Caldas da Rainha, sabendo que os fundos comunitários têm apoiado iniciativas similares no nosso país nos últimos anos. Só os caldenses têm ficado à margem dos mesmos de forma substancial. ■