Mortos na Guerra e refugiados na Terra!

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José Luiz de Almeida Silva

No sábado a Gazeta das Caldas associou-se às Cerimónias de Descerramento da Placa em Homenagem aos Caldenses Mortos na I Grande Guerra, com outras entidades locais que organizaram, placa de azulejos que foi concebida pelo ceramista caldense Eduardo Mafra Elias.
Num tempo em que a guerra nos cerca apesar de menos grave que a I e a II Guerras Mundiais, de qualquer forma, e mesmo utilizando equipamentos e armamentos mais evoluídos e sofisticados, alguns que permitem fazer guerra à distância ou on-line, as consequências são da mesma forma terríveis provocando mortes trágicas e destruição de bens materiais.
Tanto os militares envolvidos como as populações civis atingidas e dizimadas, causando uma sensação de carnificinas comandadas à distância, recordam de uma forma trágica, como os soldados portugueses participaram na I Grande Guerra, com meios insuficientes, impreparados para a dureza do teatro da guerra e muitos deixados à sua sorte. Fez bem Caldas homenagear aqueles que caíram naquela guerra, dando cumprimento a um desígnio de Mafra Elias.
A homenagem aos mortos de uma guerra, torna hoje mais pertinente e oportuno homenagear as outras vítimas, na pessoa dos refugiados, geralmente gente indefesa que é apanhada por estes conflitos ou daqueles que se recusam a participar nestas guerras injustas.
Caldas da Rainha tem uma experiência forte em receber refugidos vindos de várias partes do mundo, nomeadamente os Bohers, os espanhóis que fugiam à Guerra Civil ou os judeus em fuga do horror Nazi. Como noutras partes do mundo, justificar-se-ia também uma recordação monumental para este fenómeno que parece ainda mais presente do que nunca. ■

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