Natal nas Escolas é Quando todos Quisermos

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José Santos
professor

Chegou a época natalícia e, com ela, os cânticos, as luzes, a corrida desenfreada às lojas e às prendas, os jantares natalícios, o típico “Amigo Secreto”, entre tantas outras coisas alusivas à época.
Nas escolas, também se começa a sentir este espírito. Com os alunos, começam a ser preparadas as peças natalícias, os coros, enchem-se os halls com campanhas de solidariedade, fazem-se rifas para angariar fundos para várias causas e já cheira a Natal.
Entre os professores fazem-se os tradicionais jogos do “Amigo Secreto” (e lá andamos nós a aumentar o stock de velas aromáticas), surgem as quadras natalícias, combinam-se jantares e almoços, enfeitam-se as salas, iniciam-se os concursos de mesas e portas de Natal e poderíamos enumerar tantas outras atividades da época que começam a ser pensadas e desenhadas.
E é nesta época que voltamos a sentir um espírito de calmaria e tranquilidade nas nossas escolas e no nosso corpo docente. Tem sido assim ao longo destes últimos anos; esta época tem surgido como um oásis temporal de paz e estabilidade.
E estes valores são tão necessários hoje em dia nas nossas escolas, tão imprescindíveis no contexto atual.
Nesta época, esquecemo-nos um pouco das reivindicações, das greves, das guerras, internas e externas, dos “grãos de areia nas engrenagens”, dos retrocessos e centramo-nos no que realmente interessa, aquilo que tão bem sabemos fazer, aquilo que, infelizmente, tem ficado para segundo plano, cultivar e regar a nossa cultura de escola, conviver, rir, conversar, planificar atividades “extracurriculares”, divertirmo-nos todos juntos, fazendo da escola uma segunda família.
E é com grande alegria e com algum saudosismo que vejo isto tudo a acontecer, o ambiente tenso a desvanecer-se, os sorrisos a aumentarem, as fitas de Natal a invadirem as salas, os postais, as mensagens, o ambiente a ficar menos denso, “Fairytale of New York” a tocar em música de fundo enquanto as iguarias vão desaparecendo dos pratos deixados aqui e ali.
E nós, escolas, aproveitamos este espírito para interagir com as nossas comunidades de uma forma menos institucional, articulamos com as Associações de Pais iniciativas solidárias, combinamos formas de ajudar com organizações nossas parceiras, convidamos os nossos parceiros para almoços em detrimento de reuniões, trabalhamos em conjunto com as nossas Associações de Estudantes para preparar os Bailes de Natal, abrimos as nossas portas de par em par para uma interação mais informal e igualmente eficaz. Estas interações complementam as interações mais formais e devem ser fomentadas ao longo de todo o ano porque o Natal nas Escolas deve ser uma constante não só porque estas interações são imprescindíveis para a saudável convivência entre instituições mas porque é desse espírito de paz e harmonia que as nossas escolas necessitam. ■

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