No passado dia 9 de Março de 2012, durante a hora de almoço que divide o meu dia profissional dirigi-me ao balcão dos CTT de Caldas da Rainha, a fim de recorrer aos seus serviços. Acontece que estou grávida de quase cinco meses, e ao fim de uma espera de 30 minutos em pé, já não estava evidentemente muito confortável e reparei numa placa que indicava “atendimento prioritário”. Na verdade, em toda a gravidez nunca havia gozado deste direito que me assiste e tentei perceber como funcionava o dito atendimento, já que não havia senha destinada para tal.
Assim, educadamente dirigi-me a um balcão e perguntei à Sra. X (não necessito de identificar, porque a pessoa em questão, com certeza, irá reconhecer-se) como funcionava o atendimento prioritário, já que estava grávida. Ao que obtive como resposta um riso jocoso e mal-educado, acompanhado de um irónico “nota-se” insinuando que não estaria grávida e que o serviço seria apenas para quem realmente estivesse nessa condição.
A minha boa educação impediu-me sequer de responder da mesma forma, solicitando apenas o Livro de Reclamações.
Pois bem, se a reclamação que fiz produzirá ou não efeitos, não faço a menor ideia. Mas, ficou bem claro para esta senhora que é conveniente morder primeiro a língua antes de ser mal educada.
E é assim que, logo na primeira vez que recorro ao atendimento prioritário, – que pelos vistos no nosso país deve ser um capricho -, sou insultada.
Ai Portugal dos Pequeninos falta-te correr tanto para ganhares terreno do lado dos mais civilizados!
Cristina Serralheiro de Sousa
NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta aos CTT das Caldas da Rainha, convidando a instituição a pronunciar-se, mas não recebeu qualquer resposta.