Mais de nove em dez cidadãos portugueses (93%) consideram que ajudar as pessoas nos países em desenvolvimento é importante, o que representa um dos mais altos níveis em toda a União Europeia (UE) e está acima da média europeia (89%). Dados apresentados esta semana pelo Eurobarómetro sobre “Ajuda e Cooperação para o Desenvolvimento da UE”.
Os dados indicam que a grande maioria dos europeus tem uma visão positiva dos benefícios da cooperação internacional e do desenvolvimento e há um claro aumento da percentagem dos que pensam que o combate à pobreza nestes países deveria ser uma das primeiras prioridades da UE (69%). Embora apenas metade dos portugueses (47%) achem que a luta contra a pobreza nos países em desenvolvimento deva ser uma prioridade do governo nacional, a grande maioria (78%) defende que deve estar no topo da lista da UE.
Perto de três quartos dos inquiridos concordam com a ideia de que a ajuda ao desenvolvimento é um meio eficaz de resolver o problema da migração irregular (73%) e 80% dos europeus creem que o desenvolvimento é do interesse da UE.
Os inquiridos em Portugal são os mais suscetíveis (85%), a seguir a Espanha e ao Chipre (ambos com 88%), de considerar a ajuda ao desenvolvimento uma forma eficaz de combater as migrações irregulares.
Para o Comissário Europeu para a Cooperação Internacional e o Desenvolvimento, Neven Mimica, estes resultados do Eurobarómetro mostram claramente que os cidadãos europeus “estão cientes e valorizam a importância da ação da UE em prol da cooperação internacional e do desenvolvimento”. O Comissário destaca que “numa altura em que a Europa se confronta com o desafio de demonstrar a sua importância para os seus próprios cidadãos, temos de agarrar esta oportunidade e conseguir mostrar os resultados do que fazemos, o impacto que a nossa ação tem no terreno e a diferença que faz para as vidas das pessoas, além dos benefícios que traz para os valores e os interesses da Europa.”
Em Portugal, os inquiridos mencionam a saúde (46%), o crescimento económico, o emprego e desigualdade social (44%) e a paz e a segurança (43%) como os desafios mais urgentes que os países em desenvolvimento enfrentam.
Em relação ao papel do cidadão, a grande maioria (63%) dos portugueses concorda que cada individuo pode desempenhar um papel na luta contra a pobreza nos países em desenvolvimento, embora apenas 16% estejam pessoalmente envolvidos em ajudar as pessoas nestes países.
Em toda a UE, os inquiridos mais jovens (15-24 anos) têm geralmente uma atitude mais positiva em relação às questões de desenvolvimento do que os grupos etários mais velhos (com 25 ou mais anos). No entanto, em Portugal, existem relativamente poucas diferenças entre estes grupos, sendo mais provável que os inquiridos mais jovens estejam pessoalmente envolvidos na ajuda aos países em desenvolvimento e que considerem que esta deva ser aumentada.
Mais informações
Consulta do Eurobarómetro Especial: ec.europa.eu/europeaid/special-eurobarometer-441-european-year-development-citizens-views-development-cooperation-and-aid_en
O sítio web contém também fichas informativas por Estado-Membro, na língua nacional, infografias, e fichas sobre os resultados globais da UE e os resultados relativos aos jovens (grupo-alvo).
Representação da Comissão Europeia em Portugal