“Caldas, onde está a RAINHA?”

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Paulo-Pessoa-Carvalho
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É com muito gosto que venho iniciar um ciclo de comentários, artigos de opinião, partilha de ideias, como lhe entendam chamar, com periocidade mensal e por uns tempos, na Gazeta das Caldas. Não pretendo mais do que partilhar ideias e “tocar o sino” para alguns aspetos que julgo de importância maior para a cidade das Caldas da Rainha e para o seu concelho. Sou como costumo dizer, uma espécie de filho adotivo das Caldas, mas se me perguntarem quem sou e de onde sou, digo de voz firme que sou das Caldas, que sou Caldense, pois as minhas memórias mais vivas e intensas, são as da minha vida nesta terra desde 1974 e desde que a memória me assiste, da Foz do Arelho terra onde “quase” nasci. Sinto-me por esta razão, pelos laços familiares que a esta terra me unem, pelo testemunho de vida e pelo legado deixado, em particular pelo meu avô (Fernando Ponte e Sousa) e pelo meu pai (Pedro Pessoa de Carvalho), os quais de alguma forma contribuíram para engrandecer a história da cidade, uma ligação muito forte às Caldas da Rainha e às suas gentes. Quando olho para mim, quando penso o que construí, o contributo que dei à cidade, tenho a sensação que fico sempre aquém do que devia ter feito e em boa hora esta possibilidade apareceu e de alguma forma, hoje e aqui, se inicia um ciclo de presença, de contributo, de opinião construtiva, com a ilusão de que possa ajudar a nossa cidade a encontrar o melhor caminho para o seu progresso, que por vezes parece tardar e se encontrar tão distante… Tive uma vida ativa na sociedade caldense desde cedo, tenho sido um empreendedor das mais diversas iniciativas, dos mais variados eventos com a gestão da praça de toiros por 25 anos consecutivos, com a animação dos verões na Foz do Arelho nos seus anos iniciais (2003, 2004 e 2005), com as largadas de toiros nas ruas da cidade e mais tarde no parque, trazendo muito mediatismo à cidade com todos estes eventos e conseguindo com todos eles envolver a comunidade. Porque digo isto? Porque na verdade é pelo “glamour” pela riqueza e pelo brilho, pela notoriedade, pela inegável referência, pela qualidade de vida, pela riqueza do seu comércio, pela VIDA que esta cidade já teve e hoje não tem, que estas minhas intervenções se irão debruçar. As Caldas da Rainha tem que voltar a ser RAINHA, as Caldas da Rainha tem como poucas cidades o têm, inúmeras e fortes razões para ser uma referência, no turismo, no desporto, na agricultura, na cerâmica, na sua vida social, as Caldas da Rainha necessita de uma identidade forte e de uma imagem atrativa e de dar em primeiro lugar aos seus habitantes a melhor qualidade de vida e aos seus visitantes, a vontade de nos visitar e sentirem saudades quando partirem. Até muito breve e com desenvolvimentos.

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