Caros leitores da Gazeta das Caldas, venho pela segunda vez ao Vosso encontro, tendo pensado numa série de assuntos e temas os quais gostaria de partilhar convosco durante este ano, vejo-me como todos nós, confrontado com um tema o qual incontornavelmente teremos que ultrapassar, não podendo haver omissões ou fingir que “olhamos para o lado”, porque das duas uma, ou o enfrentamos, ou ele nos “agarra” de qualquer forma e por isso, com inteligência e bom senso, vamos dar-lhe o tratamento que ele merece, caso contrário, poderá ele a tratar de nós …
Esta realidade do Corona Vírus ou COVID 19 como lhe queiram chamar, entrou em nossa casa sem bater à porta nem nos pedir licença, mas mais uma vez, estávamos avisados que a “criatura” aí vinha e antes de pormos trancas à porta, de tomarmos as medidas que se deviam tomar, esperámos calmamente que aquilo que ouvíamos dizer que estava a acontecer a dezenas de milhares de quilómetros numa primeira fase e a milhares numa segunda, não nos batesse à porta, nunca nos chegasse ao sopé. Mas chegou e chegou com força, uma força que ainda não conhecemos na sua amplitude, mas se insistirmos em não levar o “bicho” a sério, iremos mesmo conhecer pelas suas piores razões!
Neste momento para o sucesso da vitória sobre o vírus, muito mais do que a ciência (que esperemos que seja rápida!), passa pela nossa conduta consciente e socialmente responsável. Pensar que são os responsáveis de saúde a nossa primeira salvação é um erro, será a nossa consciência que nos deve levar a sermos os verdadeiros soldados que iremos montar as barricadas eficazes para que o vírus não se propague. Numa sociedade com uma visão mais prática e verdadeiramente eficaz na sua forma de agir, seria o exército a as forças de segurança a primeira força a entrar em campo, a impor recolher obrigatório e a exigir a total contenção e movimentação de pessoas, só após isso, é que os profissionais de saúde seriam chamados a intervir. Deverá ser após atitudes conscientes, mais ou menos forçadas, que façam com que a proliferação da doença seja bastante mais controlada, que então e em último recurso, estarão na linha de combate os profissionais de saúde, capazes de responder não aos exageros ou receios de quem não se portou como devia, mas sim de ajudar aqueles que realmente precisam com toda a sua capacidade e competência.
Na verdade, estas crises generalizadas e que nos surpreendem pelo desconhecimento de como reagir, reduzem-nos à nossa real dimensão e à relatividade do que é material ou mesmo de um poder bélico capaz de intimidar um adversário. Estamos a viver uma guerra biológica e vencer um inimigo que não se vê, é um novo desafio para o qual temos de nos acautelar, para que a vitória seja nossa.
Despeço-me apelando à MAIOR consciência de todos e não fiquem à espera de ouvir aquilo que sabem que têm que fazer, antecipem-se, façam a diferença e contribuam para a nossa vida voltar ao normal o mais rápido possível!
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