Após a leitura da edição de 13 de maio da “Gazeta das Caldas”, a turma 8.º B da Escola Secundária de Raul Proença ficou intrigada pela notícia “CHO vai ter Centro de Investigação”, na primeira página, desenvolvida depois na página 3. Para além de todos sermos utentes do Centro Hospitalar, e portanto interessados no que acontece com o hospital, a ideia de um centro de investigação pareceu-nos estranha.
Sobre a ideia de ser criado um departamento de investigação, como afirmado pela administradora Ana Paula Harfouche, consideramos que a ideia é interessante, dado que vai dar hipóteses aos investigadores/médicos que já trabalham no hospital para desenvolverem os seus trabalhos, para além de poder fazer da cidade das Caldas da Rainha um lugar conhecido pelos avanços no campo da medicina. No entanto, preocupa-nos que se possa dar muita importância a este aspecto e desvalorizar os problemas que o hospital tem e que também estão escritos na notícia.
É importante que o tratamento com quimioterapia se faça nas Caldas. Ter uma doença que provoca tanto sofrimento é só por si um problema, quanto mais ter de haver deslocações para a procurar controlar, ficando longe do apoio da família. Esta deve ser uma prioridade para o hospital. Também as consultas de Psiquiatria e de outras especialidades devem constituir uma prioridade, pois queremos uma cidade em que as pessoas sejam saudáveis e vivam em harmonia.
Verificámos que a administração fez um esforço para melhorar a higiene e a qualidade dos espaços do hospital. A partir da descrição que foi feita, achamos que nunca se deveria ter chegado ao ponto a que se chegou, dado que cadeiras partidas e salas pouco cuidadas para consultas poderiam ter sido assuntos resolvidos pelas pessoas que sempre trabalharam no hospital e que têm a responsabilidade de cuidar do espaço.
Mais importante que todos os aspectos anunciados pela administradora, para nós, é assegurar que as pessoas têm mesmo acesso à saúde e isso significa deixar de haver listas de espera. Medidas como as anunciadas para a Cirurgia são, assim, muito importantes. Afinal, de que serve existir um hospital se as pessoas não têm acesso aos seus serviços?
A Turma 8.º B