A semana do Zé Povinho –

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Noticias das Caldas
| D.R.

Zé Povinho, sempre sensível aos temas ambientais e assumindo-se, apesar da sua provecta idade, como um ecologista confesso, deseja saudar a iniciativa da empresa caldense Ivo Cutelarias por ter instalados uma central fotovoltaica na sua fábrica de Santa Catarina.
São 2000 painéis fotovoltaicos com uma capacidade instalada de 500kW que vão permitir grandes poupanças de energia e sobretudo substituir o consumo de combustíveis fósseis pela energia solar.
É certo que se trata de um acto de gestão empresarial que, em última instância visa aumentar no longo prazo os lucros da empresa por via da redução das despesas. A Ivo Cutelarias espera obter o retorno deste investimento de meio milhão de euros dentro de oito a nove anos. Mas seja como for, é de louvar a atitude inovadora desta empresa familiar que faz assim o seu papel de contribuir para um mundo mais limpo e sustentável.
Acresce que esta fábrica de Santa Catarina vai dando cartas na exportação (92% da produção vai para o estrangeiro) e tem registado um forte crescimento da facturação (12% em 2016 face a 2015), razão pela qual Zé Povinho felicita esta família de empresários e todos os trabalhadores da empresa.

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| D.R.

O caso dos desempregados que prestam serviço nos museus caldenses tutelados pelo Ministério da Cultura não é único. Por todo o lado, pululam nos organismos do Estado desempregados que ali estão a trabalhar ao abrigo dos CEI – Contratos Emprego Inserção. O espírito deste programa até é louvável – apoiar a inserção profissional de desempregados subsidiados, dando-lhes a oportunidade de desenvolver novas competências e adquirir conhecimentos numa área profissional diferente. A legislação até prevê que não devem ocupar postos de trabalho vagos, mas na prática a grande maioria está é a servir de mão-de-obra barata para suprir necessidades do Estado.
Nas Finanças, nas autarquias, nas escolas, na Segurança Social, nos museus, por todo o lado se usa e abusa dos CEI. São baratos e descartáveis. Mas são pessoas.
Esta prática já vem do anterior governo de triste memória, para quem o mercado de trabalho era um mercado igual aos outros. Isto é: a redução dos salários e o aumento do desemprego era um meio para se chegar a um equilíbrio que conduziria depois ao quase pleno emprego.
Mas que a geringonça mantivesse estas práticas, isso já é mais surpreendente.
É verdade que o governo parece estar a analisar estes casos a fim de acabar com a precariedade na Administração Pública, mas a manutenção destas situações sem que se criem mecanismos para integrar ao serviço do Estado quem dele – na prática – já é funcionário, é algo que Zé Povinho reprova. E, já agora, até dá a sugestão: nos concursos que venham a abrir, ao menos que atribuam créditos aos candidatos que já foram CEI para lhes valorizar o facto de já terem trabalhado no local para onde concorrem.

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