Sobre a seca

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Um pequeno contributo para a compreensão da evolução do clima e da influência que tem na nossa vida:
É notado por todos, que uma das mudanças profundas do clima se caracteriza pelo agravamento dos extremos – grandes inundações que correspondem a intensa pluviosidade (medida em litros/ m2 ou mm) num curto espaço de tempo, seguidas de períodos mais ou menos prolongados de seca extrema.
Mesmo que chova num curto espaço de tempo o correspondente às nossas necessidades anuais, está à vista que não temos capacidade de armazenamento feita pelo homem para as suprir. É mesmo materialmente muito difícil ou mesmo impossível.
Estar dependente apenas da quantidade de chuva que cai no momento, é como estar no deserto sem pinga de água durante dez meses e darem-nos em dois meses 40.000 litros por pessoa para beber, tomar banho e para todo o resto, sem possibilidade de armazenamento.
Ou seja, é naturalmente necessário contar com o armazenamento da natureza e em contrapartida fazermos a nossa parte – consumir com moderação ao longo de todo o ano e não somente no chamado período de seca.

E digo “chamado período de seca”, porque esta não se pode resumir ao tempo em que não chove o suficiente como aconteceu este ano.
Estamos e estaremos em desequilíbrio cada vez mais acentuado. É cada vez mais necessário implementar políticas educacionais de contenção e poupança sistemática, assim como de armazenamento de água da chuva e reciclagem de águas cinzentas (com obrigatoriedade de dupla canalização nas casas para os autoclismos, lavagens e rega doméstica) e de esgoto bruto para lavagens e rega de espaços públicos e campos de golfe, grandes sorvedores deste bem precioso.
Resumindo: Não nos iludamos com a chuva que está a cair. Estamos e iremos continuar em seca, ou melhor, bastante desiquilibrados!

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Carlos Mendonça

 

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