Turismo – Como Sobreviver

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Teresa Leal
CEO na Teresa Vai de Férias

Por vezes oiço dizer que criar um novo negócio não é um desafio e que o turismo “até é fácil”, o que é mais complicado é chegar aos clientes ideais.
Para chegarmos aos nossos clientes temos de perceber quais são os fatores que afetam o comportamento em lazer, e esses são a família, os grupos de referência, que podem ser amigos, vizinhos, colegas de trabalho, entre outros, a opinião de pessoas influentes, o tipo de personalidade de cada pessoa bem como a sua formação profissional. E se assim já parece complexo, temos ainda de ponderar que quando vamos de férias podemos procurar diversão, emoção, socialização, busca de momentos únicos ou fuga aos problemas.
Chegar aos clientes implica ou apostar no turismo de massas e são todos bem-vindos ou segmentar os clientes que procuramos para a nossa empresa e criar uma estratégia que nos diferencie da concorrência e leve o consumidor a ser nosso cliente.
Mas ainda não fica por aqui, os clientes estão muito bem informados, a concorrência não descansa e a inovação e a sustentabilidade passaram a ser palavras-chave na fidelização e na angariação de um novo mercado.
E se assim já não parece tão fácil como poderíamos imaginar, é ainda de refletir que os desafios das empresas de turismo são muito específicos e muitas vezes os resultados não estão relacionados com o seu desempenho, para tal basta pensar no impacto que o Covid teve no turismo em todo o mundo.
Se já começamos a pensar duas vezes, então e olharmos para o turismo como um negócio sazonal, com muitas empresas, nomeadamente de animação turística a precisarem de sobreviver a um longo inverno, onde os encargos não baixam, mas a receita custa a entrar.
Esta é a dura realidade de muitas pequenas empresas de turismo, que lutam para sobreviver na região onde estão inseridas, não conseguindo crescer para criar novos empregos e aumentar a riqueza regional, mas que são essenciais para a diversificação da oferta turística regional.
Esta é a dura realidade de muitas pequenas empresas de turismo, dos resistentes que acreditam até ao fim, que lutam para manter os seus negócios apesar de todas as adversidades.
Para alterar este paradigma será preciso mudar muita coisa a começar pelo combate à sazonalidade, passando pelo apoio e formação às empresas do sector, pela forte aposta na inovação, pelo desenvolvimento tecnológico, pela criação de mais parcerias e pelo desenvolvimento de um novo espírito em que a partilha de sinergias seja a base de trabalho.
Se não se muda a forma de olhar para o negócio, nada muda nos resultados. ■

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