Caldas da Rainha – cidade comercial e potencialmente turística – exige que um dos suportes da sua atividade económica e cultural, seja pensado estrategicamente e principalmente antecipadas as dificuldades que serão criadas crescentemente com um “público consumidor” cada vez mais exigente.
Provavelmente o tipo de frequência nas Caldas é diferente de outras cidades médias no país e exige respostas diversas, mas haverá que perceber que nada fazer de realce é o pior que pode acontecer, sendo razão para que uma má experiência leva ao não retorno do visitante.
Mesmo que nos últimos anos se tenha experimentada a realização de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, a olhos vistos não teve a mínima influência na resolução do problema central, garantir uma circulação aceitável e oferecer estacionamento inteligente e apropriado, mesmo exigindo ao utilizador suportar algum custo. Mas pagar um euro por um estacionamento num local central num período limitado de tempo para permitir resolver um problema, será preferível a gastar quase uma hora procurando estacionamento gratuito em parques periféricos e na deslocação para o centro.
São verdades de La Palisse, que só responsáveis desatentos não sabem ou não usam nas suas análises, face a um problemático direito conquistado e consentido no nosso país, em que o estacionamento deve ser garantido como quase um direito inalienável para todos.
Igualmente existe outra tendência, que só será eficaz, quando a consciência do público for maior, que será da rarefação do uso do carro nos meios urbanos e da utilização de meios alternativos que não usem combustíveis fósseis, privilegiando os transportes públicos. Mas nas pequenas cidades esta tendência, apesar de aparentemente mais consciente, difícil será de seguir porque atenta contra a “incoerente” comodidade que parecem preferir.
E isto não significa que não possamos pensar nas novas modalidades de estacionamento propostas nas cidades mais modernas e nos países ricos, como dos estacionamentos automatizados por vários andares empilhados em contrapartida da conquista do espaço utilizado pelos automóveis em favor dos peões. Contudo, o problema permanece. ■