O Protesto Cívico “Flash Mob – Protesto por Comparência” compreende um conjunto de cidadãos de todas as faixas etárias, dos mais variados níveis sociais e sem qualquer pertença partidária comum entre si. Somos uma representação do Portugal de lés a lés, que se sente desiludida e revoltada com as desastrosas politicas governamentais que têm sido impostas ao nosso país nos últimos 15 anos, o tempo de uma geração.
Sentimos vergonha pelo estado a que as coisas chegaram pois todos os dias vemos notícias do que se passa um pouco por todo o lado. Todos conhecemos casos de famílias que perderam o seu sustento, idosos que recebem uma mísera reforma ou uma pensão que mal dá para os medicamentos, empresas que fecham porque não lhes são criadas condições competitivas, licenciados que andam pelas ruas da amargura, sem perspectivas, um número crescente de desempregados e pessoas deprimidas, o país à beira do precipício.
Queremos mais de um País que nos é querido, que já foi grande e que sofreu uma penosa Ditadura, acordando há 36 anos para a Liberdade. São os ideais de Abril que queremos ver defendidos e desenvolvidos, livrando a sociedade do actual Estado paternalista e asfixiante. Queremos uma Democracia mais participativa, pois somos nós que arcamos com as consequências das decisões dos Governantes, tantas vezes contrárias às suas próprias promessas eleitorais.
Queremos um Governo competente e transparente, emprego digno e recompensador, ensino exigente e qualificante, justiça diligente e eficaz, saúde acessível e com qualidade.
Não queremos um Estado pesado e despesista, impostos e taxas sufocantes, casos de corrupção graves e sem fim à vista, uma administração pública tomada por carreiristas partidários.
Espera-se de um Governo que pede sacrifícios aos Portugueses, que seja o primeiro a dar o exemplo, reduzindo os seus próprios ordenados e despesas de funcionamento, incluindo os elevados custos com segurança, uma vez que se supõe que os Governantes não temem o Povo.
Em suma, o objectivo deste protesto é tão simplesmente mostrar que estamos descontentes e cansados, mas que não estamos dispostos a baixar os braços e que tudo faremos para mudar o actual estado de coisas, no quadro da Constituição em vigor.
O nosso grito é “basta!” Exigimos que os Governantes assumam as suas responsabilidades e resolvam definitivamente os problemas do País. Ou, então, que entreguem o seu lugar a outros, mais competentes, que façam o que tem de ser feito para dar a Portugal e aos Portugueses, em especial aos jovens, o futuro que merece.
Tiago Colaço