Alberto Gonçalves quer recuperar militância no PS/Caldas

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Ex-presidente da Assembleia de Freguesia de Santo Onofre e Serra do Bouro pretende revitalizar o partido a nível local

“Terceira via” apresentou intenções, mas não revelou lista. Objetivo é devolver Concelhia aos militantes do partido.

Alberto Gonçalves pretende devolver a militância ao PS/Caldas, caso vença as eleições do próximo dia 7 de outubro, num ato eleitoral em que enfrenta Pedro Seixas.
O candidato da “Terceira via” apresentou, no passado sábado, o projeto de intenções com que se candidata à presidência da Comissão Política Concelhia das Caldas da Rainha do PS, garantindo que tudo fará “para unir o partido à volta de ideias e não apenas de pessoas”, mas reservou a divulgação da lista para os próximos dias.
Na ressaca do que considera ter sido uma “degradação constante” da estrutura local do partido, que culminou no “pior resultado de sempre” em eleições autárquicas das Caldas, o ex-presidente da Assembleia de Freguesia de Santo Onofre e Serra do Bouro (2013-2021) diz que o PS está numa “posição política de grande fragilidade”, da qual só poderá sair se for capaz de “devolver aos militantes o papel ativo que sempre deveriam ter tido na vida partidária e não tiveram”.
Alberto Gonçalves apresenta-se com um projeto assente em três eixos: “reorganizar a dinâmica da Concelhia e no Secretariado, contando com elementos de todas as listas e formar secções de residência; “fomentar a discussão interna”, com realização semestral de plenários de militantes; e “abrir o PS à sociedade caldense”, organizando eventos sobre temas de interesse à população.
“Esta é uma candidatura de união e afirmação e não uma candidatura de ruptura. Acreditamos que o PS pode ter lugar por direito próprio na mesa dos vencedores nas próximas autárquicas”, referiu o socialista, que acredita que o partido pode “ser olhado como alternativa ao poder”, mas precisa crescer. “Se o PSD foi arredado do poder foi porque as pessoas estavam fartas, mas não foi o PS que quiseram”, frisou Alberto Gonçalves, referindo-se aos 2.474 votos recolhidos por Luís Patacho na corrida à Câmara, em setembro de 2021, por oposição aos 9.068 votos obtidos, em janeiro, nas legislativas.
Também Mário Tavares, o mandatário da “Terceira via”, criticou as “más escolhas” do PS nas autárquicas, que resultaram na perda de um vereador. “Aconteceu um volte-face na política local que me deixou feliz, mas ao mesmo tempo triste. Foi uma humilhação que escusávamos de ter passado se fôssemos mais inteligentes”, sublinhou o histórico socialista.
Apesar do descalabro eleitoral local, Alberto Gonçalves acredita que o PS pode ser alternativa ao Vamos Mudar (VM) dentro de três anos, mas garante que não está “disponível para ser candidato à Câmara”. “Essa discussão é fora de tempo”, assevera o militante, que, em declarações à Gazeta, garante que não pretende rasgar o memorando de entendimento entre o VM e o PS, assinado após as últimas autárquicas. “Por muito que se goste ou discorde daquele memorando, o PS é um partido de respeito, de palavra e os compromissos que o partido assumiu são para levar até ao fim”, justifica o candidato, que pretende “trabalhar em conjunto” com o vereador até ao fim do mandato.
Entretanto, Pedro Seixas reservou para o próximo sábado a apresentação da candidatura.