CDU de Óbidos assume como objetivo eleger um vereador

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Escolha da Porta da Vila foi simbólica, uma vez que a CDU nunca foi eleita para a Câmara

Luizinho Leal apresentou a candidatura na Porta da Vila, na tarde de domingo. Sílvia Maurício, número um à Assembleia, não pôde estar presente

A CDU apresentou os candidatos que encabeçam as listas dos comunistas em Óbidos nas próximas autárquicas. Na apresentação de Luizinho Leal (candidato à Câmara) e de Sílvia Maurício (candidata à Assembleia Municipal), esta força política assumiu como objetivo ter, pelo menos, um vereador eleito na Câmara. “A CDU nunca entrou na Câmara de Óbidos e, portanto, não sabe o que se passa ali dentro”, referiu.
O candidato estimou que serão necessários entre 620 e 650 votos para conseguir um eleito e cerca de 1300 para ter dois. “Se perdermos, se não elegermos um vereador, vamos lá estar na mesma, na luta, enquanto os outros se perderem viram as costas, essa é a grande diferença”.
Luizinho Leal fez ainda notar que a grande maioria da população obidense se encontra nas freguesias de Sta. Maria, S. Pedro e Sobral da Lagoa, Gaeiras e A-dos-Negros e que, por isso, estas serão decisivas para o desfecho das autárquicas.
O candidato criticou os eventos organizados pela autarquia nos últimos anos. “Fala-se muito dos eventos, como o Festival do Chocolate e a Feira Medieval, mas para mim isso é entretenimento, cultura temos o Folio, mas não sai das muralhas, os grandes eventos não vão às freguesias”, acusou Luizinho Leal. Por outro lado, também não deixou de apontar o dedo às oposições e à sua falta de preparação.
O professor aposentado, de 66 anos, é candidato à Câmara de Óbidos pela CDU. Pelo PS, foi vereador da Cultura no mandato 1985-1989 e, mais recentemente, encabeçou a lista da CDU à Assembleia de Freguesia da Amoreira.
Luizinho Leal, que também investiga sobre história local, religião e património, entre outros temas, candidata-se como independente com o apoio da coligação e descreveu-se como alguém de personalidade forte e escolheu as palavras “trabalho, honestidade, competência, rigor e transparência” para descrever este projeto.
O candidato alertou ainda que se o concelho de Óbidos perder mais 470 habitantes volta a ter uma Câmara com apenas cinco vereadores, ou seja, menos dois do que os sete que existem atualmente. “Deixei a Câmara em 1989 com cerca de 9800 eleitores, o que quer dizer que, em 35 anos, o concelho só tem mais 800 eleitores. Isto diz tudo!”, exclamou.
“Não vimos pelos tachos, vimos porque acreditamos numa causa”, afirmou o candidato, que referiu ainda que não vão fazer campanha de arruaça e para falar mal dos outros candidatos.
Ângelo Alves, do Comité Central do PCP, criticou também uma gestão “centrada em parangonas e promoção de eventos, mas completamente arredada dos problemas, alguns muito básicos, por resolver”.
Já José Rui Raposo, da concelhia do PCP em Óbidos, assumiu como objetivo reforçar a votação, não só para a Câmara, mas também para a Assembleia Municipal, conseguindo assim reforçar a representação naquele órgão.
Sílvia Maurício, investigadora e doutorada em Biologia, recandidata-se à Assembleia Municipal, órgão que integra desde 2013. Esta candidata não pôde estar presente porque se encontrava em isolamento profilático.