Candidato por Leiria e anterior coordenadora vieram de comboio e foram conhecer melhor o CCC
Rafael Henriques (cabeça de lista por Leiria), Catarina Martins (dirigente nacional do Bloco) e a restante candidatura do BE por Leiria vieram às Caldas, a 22 de fevereiro, numa ação onde estiveram em destaque as áreas da educação, mobilidade e cultura.
A viagem Leiria-Caldas, na Linha do Oeste, “correu bem, mas foi possível constatar que viajaram poucas pessoas”, disse o candidato Rafael Henriques aos jornalistas no final da visita ao centro cultural caldense.
Para os bloquistas é preciso investir na ferrovia e mesmo sabendo que o projeto de eletrificação da linha entre Caldas e Meleças (Sintra) “já vai com um atraso de dois anos e perante a perspectiva da alta velocidade é mais do que urgente que este projeto possa ser concretizado”.
Ainda sobre a Linha do Oeste há propostas que podem ser feitas para ir ao encontro das necessidade das pessoas e, nessa medida, é preciso que haja horários e frequências que possam beneficiar as populações. O BE defende que “deve existir uma oferta de transportes públicos eficiente e que esteja dotada de intermodalidade e acessibilidade”, disse o candidato pelo distrito de Leiria.
Catarina Martins, a anterior coordenadora do partido, recordou que BE foi o primeiro partido a apresentar no Parlamento um Plano Ferroviário Nacional, pelo deputado Heitor de Sousa, eleito por Leiria.
A militante participou nesta ação de campanha que começou no Agrupamento de Escolas de Pombal onde a comitiva do Bloco pôde contactar diretamente com os problemas que ameaçam a escola pública.
Catarina Martins recordou que, nos últimos anos, o BE conseguiu eleger um deputado por Leiria e, segundo a anterior coordenadora, se voltassem a conseguir eleger, essa seria a garantia de que “a Linha do Oeste não ficará esquecida”.
O BE “orgulha-se em ter um médico de família a candidatar-se por este distrito quando a Saúde será uma questão central na próxima legislatura”, rematou Catarina Martins.
Após a visita ao CCC, Rafael Henriques afirmou que a área da Cultura conta apenas com 0,2% do Orçamento do Estado, “investimento curto demais e que não chega a todo o território”. Além de ter defendido o aumento do orçamento, Rafael Henriques também defendeu que as autarquias têm um papel fulcral na cultura por causa da proximidade mas para o BE, a coesão territorial e o desenvolvimento do país “exigem mais solidariedade nacional na promoção do património, apoio aos serviços públicos de cultura (bibliotecas, museus, salas de espetáculos) e à produção cultural independente, profissional e amadora”.
O CCC deixou o candidato do BE “positivamente surpreendido” e este lamentou que o equipamento caldense ainda não tenha obtido o financiamento público para programação que “é tão necessário para avançar com projetos locais”.
Relativamente à saúde, o médico de família não tem a melhor opinião das novas Unidades Locais de Saúde. “Há confusão, atrito, entropia e grandes dificuldades no terreno”, disse Rafael Henriques que reconhece que há um período de transição mas “com base no que já se conhece, são projetos que trazem um aumento no número de reclamações dos utentes, no tempo de espera para consulta, de custos com medicamentos e de urgências”. Para o candidato, que pertence a ULS da Região de Leiria, a integração de cuidados “tem mostrado várias fragilidades”. O BE voltou às Caldas a 26 de fevereiro, para uma visita e reunião com responsáveis do CHO e, à tarde, com membros da Associação de Estudantes da ESAD.CR.■