Reforçar a votação no concelho é o objetivo da CDU, que apresenta candidatos “com provas dadas” à câmara e assembleia municipal
O parque D. Carlos I foi o local escolhido pela CDU para a apresentação pública de António Barros e Vítor Fernandes, candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal das Caldas, respetivamente, no passado dia 22 de maio.
Perante uma plateia de militantes e simpatizantes, o cabeça de lista à autarquia mostrou-se “insatisfeito” com o rumo atual do concelho, prometeu uma campanha “incansável” e a convicção de que as suas propostas serão ouvidas.
Referindo-se ao Hospital Termal, António Barros revelou que o estado em que se encontra “é simbólico da estagnação do concelho”, censurando a gestão feita pela autarquia e defendendo a sua integração no Serviço Nacional de Saúde.
O candidato comunista deixou críticas à degradação da zona industrial e “perda de peso” da indústria cerâmica, à desaposta na atividade agrícola nas freguesias rurais e ao estado a que chegou a Lagoa de Óbidos.
“Ao fim de mais de 30 anos de gestão autárquica esgotada e centralizadora do PSD, entramos para a terceira década do século XXI com uma cidade repleta de potencialidades negligenciadas, ultrapassada por concelhos vizinhos e distante da sua identidade”, resumiu António Barros, técnico de comunicações, de 71 anos.
A mudança apontada pela candidatura que encabeça tem como bandeiras a defesa do turismo e do termalismo, bem como do ambiente, lutando pela classificação da Lagoa como paisagem protegida e a modernização da linha do Oeste. Defende, também, a valorização do comércio e da economia local, uma ligação mais efetiva entre as freguesias e a reposição das que foram extintas “contra a vontade das populações”.
O programa autárquico da CDU refere, ainda, a necessidade de revisão do PDM e a garantia do acesso à saúde, por parte de todos os cidadãos, com a renovação do CHO e a criação de um novo Hospital no Oeste.
Nos últimos quatro anos, Vítor Fernandes foi o único representante da CDU na Assembleia Municipal das Caldas. Um mandato que “não foi fácil”, num órgão de maioria de direita. No entanto, não deixou de destacar que foi por via da coligação que chegaram “muitas das lutas dos caldenses”, através de propostas, moções e denúncias de atentados aos trabalhadores.
“Afirmámo-nos como força de oposição indispensável para zelar pelos interesses dos caldenses quando estes não são prioritários para o executivo municipal”, disse o candidato, assumindo o objetivo de aumentar a representatividade comunista nos órgãos autárquicos no próximo mandato.
Momentos antes, já Ângelo Alves, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, tinha destacado o trabalho de Vítor Fernandes, que “valeu por 10 na combatividade, coerência, conhecimento dos dossiês, capacidade de proposta e postura atenta a todos os grandes e pequenos problemas do concelho”.
O dirigente comunista apontou, ainda, como características dos candidatos a persistência, determinação e a capacidade de “nunca desistir da luta pelas grandes causas” deste concelho e pela sua população.